O preço do leite captado em abril/22 e pago aos produtores em maio/22 subiu 4,4% frente ao mês anterior, chegando a R$ 2,5444/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea. Em relação a maio do ano passado, o aumento é de 11,8%, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de maio/22). Desde janeiro, especificamente, o leite no campo acumula valorização real de 14,5%.
E as pesquisas apontam possibilidade da continuidade do movimento altista no campo, de modo que valor pago em junho, referente à captação de maio, pode avançar cerca de 5% na “Média Brasil” líquida.
Preços dos derivados continuam em alta em maio
Os preços dos derivados lácteos negociados entre indústrias e canais de distribuição seguiram em alta em maio. Contudo, esse movimento de valorização não foi uniforme ao longo do mês. Na primeira quinzena de maio, os preços oscilaram bastante, mas com predomínio de queda, justificada pelos agentes de mercado como consequência da demanda enfraquecida.
Porém, já a partir da segunda quinzena de maio, a menor captação dos laticínios no campo e a valorização no mercado de leite spot (negociado entre indústrias) voltaram a direcionar o processo de formação dos preços. Com estoques mais enxutos de derivados, as cotações do lácteos voltaram a subir na segunda quinzena de maio.
Déficit da balança comercial triplica em maio
O saldo negativo da balança comercial de lácteos triplicou de abril para maio, chegando a US$ 26,3 milhões, segundo dados da Secex. Em volume, também houve aumento no déficit, na ordem de 167,2%, com saldo negativo de 53 milhões de litros em equivalentes de leite, próximo ao patamar observado em março. Esse resultado é explicado pelo aumento de 51,5% das importações e pela queda de 47,2% nas exportações em maio.
Após quase três anos de alta, COE da pecuária leiteira registra leve queda
Depois de quase três anos registrando avanço mensal consecutivo, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira apresentou pequena queda de 0,07% em maio, na “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). A última vez que o COE havia caído foi em agosto de 2019 (com retração de 0,5%).