A produção de leite continua afetada pelas altas temperaturas, que causam grande estresse aos animais, assim como pela falta de alimentos volumosos e de água de qualidade para dessedentação dos animais. Muitos produtores estão com os reservatórios de água com níveis muito baixos, agravando a situação sanitária dos rebanhos.
O custo de produção segue elevado, considerando a necessidade maior de suplementação com rações, milho, feno e silagem. De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
Regionais
Na regional de Bagé, continuam os relatos de ocorrência de leite instável não ácido (LINA). A produção na Campanha continua em queda, especialmente nas propriedades que esgotaram as reservas de silagem da safra passada. Em Aceguá, as perdas alcançam 30%. Além disso, há diversos relatos de animais entrando nos açudes, como forma reduzir a temperatura corporal; havendo relação direta com o aumento na incidência de mastites.
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Na regional de Santa Rosa, a redução na produção de leite tem evoluído a cada semana, mesmo em áreas com pastagens irrigadas. Com a escassez de feno na região, algumas famílias se obrigam a comprar de locais mais distantes, o que eleva ainda mais os custos.
Com a estiagem, a alimentação dos rebanhos tem sido baseada em silagem de milho e ração concentrada na regional de Caxias do Sul. Enquanto nas de Erechim e Frederico Westphalen, as chuvas aumentaram as condições de umidade do solo, melhorando a disponibilidade de forragens, permitindo a redução no uso de suplementos na dieta dos animais.
Na de Passo Fundo, começa a ocorrer uma recuperação na produção de leite, devido as melhores condições de pastoreio; entretanto os animais ainda apresentam baixo escore corporal e a produtividade segue mais baixa quando comparada com outros anos. Todavia, na de Pelotas, apesar das perdas por consequência dos efeitos da estiagem, as temperaturas mais amenas têm favorecido o bom desempenho dos bovinos de leite.
No entanto, no baixo Vale do Rio Pardo, onde as temperaturas médias são mais elevadas, muitos produtores realizaram a semeadura de milho fora do zoneamento agrícola, com a expectativa da demora maior para a ocorrência de dias mais frios.
