Nesta semana, o gado gordo apresentou baixa em todas as modalidades coletadas pelo Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro), O NESPro, grupo de pesquisa filiado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Isso pode estar associado ao baixo consumo de carne por parte da população, o que interfere diretamente nos preços pagos aos produtores. Além disso, a falta de chuva no Estado pode ter influenciado a queda dos valores do gado. Porém, a menor oferta de animais gordos pode reverter esse cenário.
No mercado de reposição foi observada queda em praticamente todas as categorias coletadas. Essa baixa pode estar diretamente relacionada aos preços do gado gordo. Além disso, nesta semana ocorreram poucos negócios no gado de reposição, o que influencia as médias apresentas.
O boi gordo a peso vivo diminuiu 0,9%, enquanto o boi gordo a rendimento de carcaça teve queda de 2,2%. Já a vaca gorda a peso vivo diminuiu 1,0%. A cotação da vaca gorda a rendimento de carcaça apresentou uma redução de 2,4%. A terneira diminuiu 4,0%, o terneiro 2,1%. A novilha teve baixa de 2,0% enquanto o novilho aumentou 0,5%.
Mercado firme
A oferta continua menor que a procura nas várias regiões pesquisadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), especialmente por “boi China” e novilhas. Pecuaristas com lotes prontos para abate vão negociando aos poucos, a preços reajustados e acreditando que podem subir mais. Os lotes mais volumosos são os mais valorizados.
Na quinta-feira (20), os compradores pagaram os valores superiores do intervalo já visto no dia anterior, mas continuaram tendo dificuldade para fechar tudo o que desejavam. Muitos frigoríficos estão com escalas curtas, mas há também algumas plantas com escalas para até 15 dias. Carne no atacado se mantém estável, sem reação.