Apontado como um dos principais problemas em granjas e, consequentemente, de perdas econômicas, a salmonelose desperta atenção por conta de riscos relacionados à saúde pública. Provocada por uma bactéria entérica muito adaptada às aves, a doença preocupa tanto pela ameaça de transmissão vertical quanto pela contaminação horizontal que ocorre nas granjas. “Por isso, seu controle é de extrema importância”, alerta o Assistente Técnico de Aves da Zoetis, Josias Vogt.
A diversidade da salmonela é tamanha que hoje são conhecidas mais de 2,5 mil variedades, que possuem comportamentos biológicos diferentes. Desse universo, há espécies como a Salmonella Gallinarum e a Salmonella Pullorum, causadoras de doenças clínicas nas aves, mas sem nenhum impacto na saúde dos seres humanos. Há ainda o grupo de salmonelas paratíficas, como, por exemplo, a Salmonella Typhimurium e a Salmonella Enteritidis, que, muitas vezes, são assintomáticas e não causam doenças nas aves, mas quando contaminam a carne do animal ou os ovos, podem provocar infecções alimentares em humanos.
Além dessa gama, outro fator que dificulta seu controle é a capacidade que essa bactéria possui de adaptar um mecanismo de invasão e penetrar na célula do hospedeiro. Uma vez em seu interior, permanece escondida sem que seu hospedeiro consiga destruí-la por meio de mecanismos imunes. Isso explica a dificuldade do controle da salmonela por meio do uso de antibióticos.
Para promover a proteção, “a vacinação contra essa bactéria vem ganhando cada vez mais adeptos com cepas que promovem a proteção cruzada. Além de atuarem na redução da contaminação de carcaças no abatedouro, mostram-se uma alternativa economicamente viável para empresas produtoras de carne de frango”, acrescenta Vogt.
Fonte: Zoetis