Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros da soja iniciaram a sessão desta sexta-feira (13) do lado negativo da tabela. As principais posições da oleaginosa exibiam perdas de mais de 6 pontos perto das 07h53 (horário de Brasília). O contrato janeiro/25 operava a US$ 9,89 por bushel.
De acordo com os analistas internacionais, o mercado ainda segue pressionado pela safra de soja na América do Sul. Ontem, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a produção no Brasil em 166,2 milhões de toneladas.
No entanto, algumas consultorias estimam a safra brasileira em mais de 170 milhões de toneladas de soja. Em contrapartida, a demanda continua mostrando a sua força, mas ainda insuficiente para dar suporte os preços.
Mais uma vez, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 334.000 toneladas de soja para destinos desconhecidos.
Paralelamente, a possibilidade de uma retomada da guerra tarifária entre EUA e China segue no radar. A primeira guerra comercial de Donald Trump prejudicou os produtores de soja americanos em US$ 11 bilhões.
Porém, agora, os silos da China estão cheios, ao mesmo tempo em que uma economia em desaceleração está prejudicando a demanda doméstica. Além disso, os analistas reforçam que a nação asiática pode simplesmente viver de compras do Brasil.
Mercado do milho
Os futuros do milho trabalham do lado negativo da tabela na CBOT, assim como os da soja. Assim, perto das 07h52 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal registravam quedas entre 1,00 e 1,25 pontos. O março/25 era cotado a US$ 4,42 por bushel.
O mercado do milho dá continuidade ao movimento negativo na Bolsa de Chicago. Ontem, os preços recuaram diante dos números fracos das vendas de exportação.
Inclusive, nas últimas semanas, os preços têm encontrado suporte na forte demanda por exportação e etanol. Por outro lado, os investidores ainda acompanham o desenvolvimento da safra na América do Sul.
Mercado do trigo
Da mesma forma que a soja, os futuros do trigo também operam em queda na manhã desta sexta-feira em Chicago. Os vencimentos da commodity recuavam entre 0,75 e 1,00 pontos por volta das 07h53 (horário de Brasília). O vencimento março/25 era cotado a US$ 5,57 por bushel.
Os preços dão continuidade ao movimento negativo do pregão anterior. Ainda ontem, os fracos números das exportações de trigo pressionaram negativamente o mercado.
Além disso, a bolsa de grãos de Rosário, na Argentina, elevou sua previsão para a produção de trigo do país em 2024/25 para 709,2 milhões de bushels e espera se recuperar da seca generalizada e das doenças sofridas nas duas temporadas anteriores. A Argentina é um dos únicos exportadores significativos de trigo do Hemisfério Sul.