Os preços futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta segunda-feira (09) do lado negativo da tabela. As principais posições da oleaginosa cederam mais de 3 pontos. O contrato janeiro/25 era cotado a US$ 9,90 por bushel.
De acordo com o Farm Progress, “os preços dos grãos foram mistos, mas principalmente mais altos na segunda-feira, já que os traders fizeram algumas apostas adicionais antes do relatório de Oferta e Demanda Agrícola Mundial do USDA de amanhã de manhã”.
Embora os preços da oleaginosa não tenham acompanhado essa tendência, eles recuaram após uma sessão marcada por vendas técnicas. Os analistas internacionais estimam que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduza os estoques finais de soja.
Paralelamente, o mercado da soja ainda sente a pressão da safra da América do Sul. Hoje, a AgRural reportou que 95% da safra de soja já foi plantada no Brasil. É consenso entre as consultorias que o país colha uma safra bem próxima de 170 milhões de toneladas nesta temporada.
Em contrapartida, a demanda segue no radar. Ainda hoje, o USDA indicou os embarques semanais da soja em 59,6 milhões de bushels. Isso ficou na extremidade inferior das estimativas dos analistas, que variaram entre 47,8 milhões e 80,8 milhões de bushels.
Nesse sentido, a China foi de longe o destino número 1, com 31,1 milhões de bushels. Os totais acumulados para o ano de comercialização de 2024/25 ainda estão moderadamente à frente do ritmo do ano passado até agora, após atingir 861,2 milhões de bushels.
Por outro lado, a possibilidade de retomada da guerra tarifária entre EUA e China está no foco dos participantes do mercado.
Mercado do milho
Na contramão da soja, os futuros do milho encerraram a sessão desta segunda-feira do lado positivo da tabela na CBOT. Os vencimentos do cereal exibiram ganhos entre 1,75 e 3,25 pontos. O dezembro/24 operava a US$ 4,34 por bushel.
Segundo o Farm Progress, “os preços do milho fizeram incursões modestas após uma rodada de compras técnicas antes do relatório WASDE de amanhã. O otimismo da demanda manteve os preços firmes nas últimas sessões”.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA indicou os embarques semanais de milho em 41,3 milhões de bushels. Isso também estava no limite superior das estimativas dos analistas, que variaram entre 27,6 milhões e 43,3 milhões de bushels.
No caso do cereal, o México foi o principal destino, com 9,7 milhões de bushels. O total acumulado do ano está à frente do registrado no ano passado, depois de atingir 477,7 milhões de bushels.
Mercado do trigo
Os futuros do trigo também subiram em Chicago nesta segunda-feira, ao contrário dos futuros da soja. Assim, os contratos registraram altas entre 1,25 e 2,00 pontos. O contrato dezembro/24 era negociado a US$ 5,41 por bushel.
Conforme informações do Farm Progress, “os preços do trigo encontraram ganhos variáveis antes do relatório WASDE de amanhã de manhã, já que os traders se envolveram em algumas compras técnicas na segunda-feira“.
Além disso, os embarques semanais do trigo foram fracas na semana passada, após atingirem apenas 8,3 milhões de bushels. Isso ficou abaixo de todo o conjunto de estimativas comerciais, que variaram entre 9,2 milhões e 14,7 milhões de bushels.
Para o trigo, a Indonésia foi o principal destino, com 2,4 milhões de bushels. Os totais acumulados para o ano de comercialização de 2024/25 ainda estão moderadamente acima do ritmo do ano passado, atingindo 412,2 milhões de bushels.
Enquanto isso, a consultoria russa Sovecon estimou as exportações de trigo em 150,6 milhões de bushels em novembro. Ademais, o número representa um declínio de 27% em relação ao mês anterior e a menor contagem mensal desde julho. A Rússia é a maior exportadora global de trigo.