Mercado

SC: preço médio recebido pelos produtores deve fechar o mês em R$2,56 por litro de leite

O preço a ser recebido pelos produtores em julho deverá ser bem superior ao de junho.

Em junho o IBGE divulgou os resultados da Pesquisa Trimestral do Leite (PTL), com a quantidade de leite cru adquirida pelas indústrias inspecionadas no primeiro trimestre de 2022, por unidade da Federação. Não havia na história dessa pesquisa nenhum momento com queda na quantidade de leite adquirida em todas as principais unidades da federação produtoras de leite, como foi o caso do primeiro trimestre de 2022.

Os dados de produção dos meses mais recentes ainda não estão disponíveis, mas é improvável que esse quadro de oferta muito inferior à do mesmo período de 2021 tenha se alterado. Isso tem provocado elevações nos preços dos lácteos e nos preços recebidos pelos produtores de leite. Pelos levantamentos preliminares da Epagri/Cepa, o preço médio recebido pelos produtores catarinenses em junho deve ficar R$2,56/l, o maior valor nominal da série histórica da Epagri/Cepa. O preço a ser recebido pelos produtores em julho deverá ser bem superior ao de junho.

Bovinos

Na primeira quinzena de junho, os preços médios do boi gordo em Santa Catarina se mantiveram estáveis, com alta de apenas 0,1% em relação ao mês anterior. No restante do país observa-se predominância de quedas, decorrentes do aumento na oferta de animais prontos para o abate e da demanda estagnada em decorrência da conjuntura econômica desfavorável vivenciada no país.  Na comparação com junho de 2021, registra-se alta de 4,9% na média estadual.

No mercado atacadista também foram observadas altas nas primeiras semanas de junho em relação a maio: 0,4% na carne de dianteiro e 1,5% na carne de traseiro, com variação média de 0,9% nos dois tipos de cortes. No ano, acumula-se alta de 6,6% no preço de atacado da carne bovina.

Frango

Em maio, Santa Catarina exportou 81,69 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada), o que significa queda de 8,6% em relação ao mês anterior e de 9,1% na comparação com maio de 2021. As receitas foram de US$184,86 milhões, ou queda de 1,8% em relação ao mês anterior e alta de 17,9% na comparação com maio de 2021.

De janeiro a maio, o estado exportou 418,14 mil toneladas, com receitas de US$844,94 milhões, altas de 4,5% e 27,3%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano passado. O estado foi responsável por 22,9% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos cinco meses iniciais do ano.

Suínos

Em maio, foram embarcadas 46,52 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos),, queda de 1,2% em relação ao mês anterior e de 8,4% na comparação com maio de 2021. As receitas foram de US$112,47 milhões, alta de 7,1% em relação ao mês anterior e queda de 14,7% na comparação com maio de 2021.

De janeiro a maio, o estado exportou 228,71 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$507,13 milhões, alta de 0,5% em quantidade, mas queda de 9,7% em valor na comparação com o mesmo período de 2021. Santa Catarina respondeu por 57,4% das receitas e por 56,1% do volume de carne suína exportada pelo Brasil neste ano.