Nos últimos dias, três empresas de laticínios do Reino Unido aumentaram os preços do leite para os produtores, devido à enorme pressão causada pelo custo de produção.
Cerca de 330 produtores que fornecem leite à Saputo Dairy UK, anteriormente Dairy Crest, terão o preço do seu leite em janeiro aumentado em 2,35 centavos (3,10 centavos de dólar) por litro, elevando o preço do litro padrão de fabricação para 35 centavos (46,20 centavos de dólar). A Saputo compra mais de 500 milhões de litros de leite para sua fábrica na Cornualha, Inglaterra, e fabrica os premiados cheddars Cathedral City e Davidstow.
A cooperativa de laticínios First Milk também anunciou que o preço do leite dos seus membros aumentará 2 centavos (2,64 centavos de dólar) por litro, elevando o preço padrão do litro para 34 centavos (44,88 centavos de dólar). Robert Craig, vice-presidente e diretor da cooperativa, disse: “Estamos perfeitamente cientes da enorme pressão inflacionária de custos que nossos membros produtores enfrentam neste inverno”.
“Como sempre, nosso foco é retornar o máximo que pudermos aos nossos membros. Embora esse aumento de preço por litro seja, sem dúvida, um passo positivo, continuaremos trabalhando juntamente com nossos clientes para recuperar o aumento dos custos do mercado, bem como nos concentrar em quaisquer medidas adicionais que possamos tomar [nas fazendas] para reduzir os custos do negócio”, finalizou Craig.
A Muller disse que os produtores que atenderem às condições de seu programa Advantage terão um aumento adicional de 1 centavo (1,32 centavos de dólar) por litro a partir de janeiro, além dos 2 centavos (2,64 centavos de dólar) já confirmados anteriormente. O centavo adicional se deve ao “aumento rápido dos custos de produção na fazenda”, de acordo com a empresa.
Pressão sobre os custos do setor leva a redução do rebanho
A pressão sobre o setor é uma das razões para a redução contínua do rebanho leiteiro da Grã-Bretanha, que, de acordo com o Agriculture Horticulture Development Board, totalizava 1,67 milhão de cabeças em 1º de outubro. Segundo Katherine Jack, analista de laticínios da AHDB, o rebanho leiteiro teve uma diminuição de 1,7% (29.000 cabeças) em comparação a outubro de 2020, marcando um contínuo declínio de longo prazo do rebanho nacional.
Embora o número de animais jovens tenha aumentado, a analista disse que há muitos outros fatores que podem manter o status quo do declínio no longo prazo. “As margens são particularmente importantes no momento, com os preços mais altos [pagos pelo leite] tendo que competir com custos [de produção] crescentes. Se a economia não favorecer a expansão dos rebanhos, os produtores provavelmente abaterão os animais mais velhos para abrir espaço para novos.”
As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pelo MilkPoint.