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Preços do feijão comercial são pressionados por maior oferta

O feijão carioca extra, notavelmente escasso, teve apenas uma carga disponível a R$ 410,00/sc no início da semana, levando os corretores a aguardarem a manifestação da demanda antes de comprometer-se com negociações a esse preço.

O feijão carioca nota 8,5 permanece como o mais ofertado, enfrentando maior pressão nos preços. O valor inicial de R$ 385,00/sc foi ajustado para R$ 370,00/sc durante a semana, com apenas duas cargas efetivamente negociadas. Com poucas transações realizadas, os corretores antecipam a possibilidade de nova pressão nas cotações.

Oferta e demanda

A colheita da primeira safra de 2023/24 em Minas Gerais já está em andamento, mas o volume acumulado até o momento é insignificante. Além disso, os primeiros lotes exibem defeitos de qualidade, influenciando nas ofertas iniciais, estimadas em aproximadamente R$ 300 por saca.

Negócios pontuais foram reportados, envolvendo lotes de produto extra no interior de São Paulo na faixa de R$ 400 por saca. A resistência por parte dos produtores, tanto no feijão preto quanto no feijão carioca, sugere um cenário de muita cautela, no qual alguns apostam em patamares ainda mais favoráveis diante do quadro atual.

Conforme o último levantamento da Conab, a colheita da primeira safra 2023/24 de feijão no Brasil atingiu 22,1% da área, frente a 17,9% na semana anterior. Já o plantio da segunda safra no Paraná apresentou bom avanço, atingindo pelo menos 19% dos 293,3 mil hectares previstos pelo Deral, com boas condições de desenvolvimento das lavouras.