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No primeiro semestre de 2023, exportações de carne bovina fecham em queda

No primeiro semestre deste ano, as exportações totais de carne bovina (in natura + carne processada) do Brasil tiveram uma queda significativa de 21% nas receitas em comparação ao mesmo período de 2022, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO).


Durante o período de janeiro a junho de 2023, as exportações totais de carne bovina alcançaram 1.076.780 toneladas. Dessa forma, apresentaram uma ligeira queda de 1% em relação ao ano anterior.


No entanto, o resultado das receitas foi fortemente impactado pelos preços médios praticados no mercado internacional.


O preço médio por tonelada caiu de US$ 5.740 no primeiro semestre de 2022 para US$ 4.585 neste ano, representando uma redução de 20%.

No primeiro semestre de 2023, as receitas das exportações totalizaram US$ 4,937 bilhões, enquanto no mesmo período do ano anterior alcançaram US$ 6,230 bilhões.


Em junho de 2023, foram movimentadas 236.360 toneladas de carne bovina, gerando uma receita de US$ 1,090 bilhão.

Comparando com junho de 2022, houve um aumento de 34% no volume. Porém, na receita, uma queda de 4,73%, que naquele mês foi de US$ 1,144 bilhão com 176.233 toneladas exportadas.

Principal consumidor


A China continua sendo o principal cliente do Brasil no setor de carne bovina. Somente em junho de 2023, importaram 136.902 toneladas do produto brasileiro, em comparação com as 103.147 toneladas de junho do ano anterior.


No acumulado do primeiro semestre deste ano, o gigante asiático gerou uma receita de US$ 2,612 bilhões, representando 52,9% do total das exportações brasileiras de carne bovina, com um volume de 518.350 toneladas (48,1% do total).


No entanto, esses números representam uma queda de 4,6% no volume e uma redução de 29% nas receitas em comparação ao primeiro semestre de 2022, quando a China importou 543.191 toneladas, gerando uma receita de US$ 3,676 bilhões.


Essa queda nas exportações de carne bovina reflete as oscilações do mercado internacional e os impactos causados pelos preços praticados.

O setor de agronegócio brasileiro continua monitorando atentamente as tendências do mercado para buscar estratégias de recuperação e expansão das exportações nos próximos meses.

Fonte: ABRAFRIGO