Fechamento do Mercado

Focada nas previsões de chuvas na Argentina, soja recua

Entretanto, projeção de uma grande safra de soja no Brasil mantém preços pressionados. Milho e trigo registram leves ganhos

Produtor segurando grãos de soja
Traders ainda acompanham clima na Argentina e projeção para a safra de soja do Brasil | Foto: Banco de Imagens

A sessão desta quarta-feira (15) foi negativa aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Dessa forma, as principais posições da oleaginosa exibiram perdas entre 4,75 e 7,00 pontos. O vencimento março/25 era cotado a US$ 10,42 por bushel.

Durante parte do pregão, os preços da oleaginosa até subiram, sendo negociados perto de máximas de vários meses. Enquanto isso, os traders monitoravam as previsões de chuvas na Argentina e aguardavam os dados de inflação dos EUA em busca de mais pistas sobre a política de taxas de juros.

Ainda ontem, a consultoria Safras & Mercado reduziu para 54,05 milhões de toneladas a projeção para a safra de soja da Argentina. Assim, o número representa uma queda de mais de 1 milhão de toneladas em comparação com o última estimativa.

Entretanto, segundo o Successful Farming, o início do que é amplamente previsto como uma colheita recorde no Brasil estava mantendo os preços da soja sob controle.

Nesta semana, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projetou a safra de soja do país em 166,33 milhões de toneladas. Ademais, a projeção representa um crescimento de mais de 12% em relação à temporada anterior.

Além disso, a demanda pela soja norte-americana continua no radar. Nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados) reporta seu novo boletim de vendas semanais para exportação.

Mercado do milho

Na contramão da soja, os futuros do milho finalizaram a sessão desta quarta-feira em campo positivo em Chicago. Assim, as principais posições do cereal exibiram ganhos entre 1,50 e 4,25 pontos. O março/25 finalizou o pregão a US$ 4,78 por bushel.

Do mesmo modo, os analistas acompanham as previsões de chuvas na Argentina. De acordo com os analistas da Argus, “os comerciantes agora estão esperando ansiosamente para ver se as chuvas benéficas cairão como esperado no próximo fim de semana na Argentina central, que tem sido assolada por uma violenta onda de calor”.

Por outro lado, a demanda pelo milho norte-americana também tem sido acompanhada de perto pelos participantes do mercado.

Mercado do trigo

Ao contrário da soja, os preços do trigo fecharam o pregão desta quarta-feira bem próximos da estabilidade. Consequentemente, as primeiras posições do cereal subiram entre 0,50 e 0,75 pontos. O março/25 era cotado a US$ 5,47 por bushel.

Além do mais, no caso do trigo, os investidores ainda acompanham as condições das lavouras nos Estados Unidos. Paralelamente, a demanda também é um fator importante aos preços. Amanhã, o USDA trará seu novo boletim de vendas semanais para exportação.