As cotações futuras da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão desta quinta-feira (26) em queda significativa. O contrato de novembro/24 sofreu uma desvalorização de mais de 12 pontos, equivalente a 1%, fechando em US$ 10,41 por bushel.
A pressão no mercado da soja veio da desvalorização do óleo de soja e do petróleo, que recuou mais de 3% no dia. Segundo a consultoria Agrinvest, a decisão da Arábia Saudita de abandonar a meta de manter o preço do petróleo em US$ 100 por barril influenciou a queda.
“Todo o esforço da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em manter o preço do petróleo alto está custando muito caro. A OPEP está perdendo market share para países como os EUA, Brasil e outros”, informou a consultoria em seu boletim diário.
No Brasil, o clima segue como um fator decisivo. Preocupações com a seca prolongada no Sul do país continuam sendo monitoradas pelos traders. De acordo com o site internacional Successful Farming, se a falta de chuvas persistir até meados de outubro, as estimativas de produção podem ser revisadas para baixo.
Enquanto isso, no Paraná, a semeadura da soja chegou a 10% da área projetada nesta temporada, segundo reportou o Deral. A projeção é que os produtores cultivem 5,8 milhões de hectares com a oleaginosa.
Além disso, o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgou seu relatório semanal de vendas para exportação, com a soja somando 1,574 milhão de toneladas, dentro das expectativas do mercado.
Mercado do milho
Os futuros do milho também fecharam em queda na CBOT, com o contrato de dezembro/24 recuando mais de 2 pontos, cotado a US$ 4,13 por bushel.
O mercado foi pressionado pela colheita nos EUA, que já atingiu 14% da área plantada até a semana passada, e pelas vendas semanais fracas, que totalizaram 535 mil toneladas, abaixo das estimativas de mercado entre 600 mil e 1,3 milhão de toneladas.
Mercado do trigo
O mercado de trigo também fechou em baixa, com quedas entre 3,25 e 5,00 pontos nos contratos futuros. O vencimento de dezembro/24 foi negociado a US$ 5,84 por bushel.
A pressão veio das vendas semanais fracas, que somaram 158 mil toneladas, contra expectativas que variavam entre 200 mil e 600 mil toneladas, segundo o USDA. Além disso, a produção em outras grandes regiões, como a Rússia, permanece no radar, gerando incertezas no mercado global.