O pregão desta segunda-feira (16) foi negativo para os preços do trigo na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do grão caíram mais de 2%, com perdas entre 13,25 e 16,25 pontos. O contrato de dezembro/24 está cotado a US$ 5,78 por bushel.
O mercado recuou após atingir máximas de quase três meses na semana passada. Segundo a consultoria Agrinvest, a pressão sobre os cereais vem do alívio na oferta de grãos no Mar Negro. Apesar do ataque a um navio graneleiro na semana passada, as operações portuárias na Ucrânia continuaram normalmente.
Além disso, os custos de frete e o seguro marítimo permaneceram inalterados na região, eliminando o prêmio de risco sobre o trigo. O mercado também está atento às informações sobre a produção de trigo na Austrália.
A previsão é que a colheita australiana atinja 32 milhões de toneladas, superando a projeção anterior de 30 milhões de toneladas. “O aumento na produção de trigo no Canadá, juntamente com o retorno das chuvas nas áreas de trigo de inverno nos EUA, intensificou a queda nos preços”, completa a Agrinvest.
Mercado do milho
As cotações futuras do milho também encerraram a segunda-feira no lado negativo. Os futuros recuaram entre 1,25 e 2,50 pontos, com o vencimento dezembro/24 a US$ 4,10 por bushel.
O mercado de milho seguiu as perdas registradas nos preços do trigo. Além disso, os participantes do mercado aguardam atualizações sobre a safra norte-americana do cereal. Até a semana passada, 5% da área semeada havia sido colhida nesta temporada, superando a média das últimas cinco temporadas, que era de 3%.
Mercado da soja
As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão desta segunda-feira (16) com ligeiras perdas. As principais posições da oleaginosa caíram entre 1,00 e 1,75 pontos, com o vencimento novembro/24 fechando o dia a US$ 10,04 por bushel.
Além da influência do mercado de trigo, o mercado da soja continua focado nas safras dos EUA e do Brasil. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizará as informações sobre a safra de soja em seu boletim semanal de acompanhamento de safras. No Brasil, as perspectivas estão voltadas para o início da semeadura da oleaginosa. Mapas climáticos começam a indicar chuvas a partir da segunda quinzena de setembro.