As cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a semana com uma forte alta, superando os 2%, o que representa um incremento de mais de 20 pontos. O contrato para novembro de 2024 foi cotado a US$ 10,65 por bushel.
Analistas indicam que o aumento nos preços da oleaginosa está vinculado à alta do farelo de soja, que registrou ganhos entre 4,60% e 6,01%. As principais posições do farelo subiram entre 15,20 e 19,50 pontos, com o contrato de outubro de 2024 sendo negociado a US$ 343,70 por tonelada curta.
Entretanto, a Agrinvest alertou sobre a qualidade da soja no Sul do Brasil, citando o problema da “soja verde” devido ao clima chuvoso durante a colheita no Delta. “Faz sentido. O clima está muito chuvoso em plena colheita no Delta. As fábricas terão problemas para cumprir com contratos de exportação e também entrega na CBOT – qualidade”, informou em seu comentário diário.
Essa situação pode resultar em um crush reduzido em setembro, seguindo a tendência já observada no mês anterior.
Além disso, as condições climáticas no Brasil continuam a ser um fator crucial para os traders. Modelos climáticos indicam mais chuvas a partir do dia 5 de outubro.
A semana também foi marcada pela atenção ao pacote de estímulo econômico da China, enquanto a colheita de soja nos Estados Unidos segue sendo monitorada.
Mercado do Milho
Os futuros do milho também fecharam o dia em alta, com contratos exibindo ganhos entre 3,75 e 4,75 pontos na CBOT. O vencimento de dezembro de 2024 era negociado a US$ 4,18 por bushel.
Neste caso, os ganhos do milho foram impulsionados pelos resultados mais robustos da soja. Os traders estão atentos às informações sobre a safra norte-americana e o andamento da colheita, além de acompanhar as safras na França e na União Europeia, que também influenciam o mercado.
Mercado do Trigo
Diferentemente da soja e do milho, as cotações futuras do trigo recuaram nesta sexta-feira em Chicago. Os vencimentos do cereal caíram entre 3,75 e 4,25 pontos, com o contrato de dezembro sendo cotado a US$ 5,80 por bushel.
No caso do trigo, o mercado permanece sem grandes novidades, focando nas informações sobre as produções em outros países, como Rússia e Ucrânia, além de acompanhar a safra norte-americana que continua em destaque.