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Desembolso do Plano Safra 23/24 até fevereiro é de R$ 293,2 bi

De acordo com o Ministério, a participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 13,6 bilhões no período, aumento de 338% na mesma base comparativa

Colheita
Foto: Tom Fisk/Divulgação

O valor desembolsado do Plano Safra 2023/24 (julho de 2023 a junho de 2024) alcançou R$ 293,154 bilhões até o mês passado, alta de 17% na comparação com igual período do ciclo anterior, segundo balanço da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. O montante corresponde a 67% do total disponível para a safra, de R$ 435,8 bilhões. Os financiamentos para custeio somaram R$ 164 bilhões, enquanto o valor concedido nas linhas de investimento foi de R$ 69 bilhões no período. As operações de comercialização atingiram R$ 36 bilhões e as de industrialização totalizaram R$ 24 bilhões.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, no período foram fechados 1,518 milhão de contratos, dos quais 1,134 milhão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com desembolso de R$ 42 bilhões em todas as linhas (custeio, investimento, comercialização e industrialização). Por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), foram firmados 144.716 contratos, somando R$ 39,3 bilhões concedidos de julho ao último mês. Outros 239.080 contratos foram realizados por grandes produtores, o que correspondeu a R$ 211,7 bilhões em financiamentos.

Na agropecuária empresarial, foram liberados R$ 251 bilhões em operações de crédito rural de julho a fevereiro, aumento de 19% em relação a igual período do ano-safra anterior. O montante corresponde a 69% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.

Entre os financiamentos de investimentos, o Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro) somou R$ 4,9 bilhão em contratações, 41% mais que em igual período do ciclo 2022/23. No Pronamp, os financiamentos avançaram 101% na mesma base comparativa, para R$ 3,9 bilhões ao fim de fevereiro.

De acordo com o Ministério, a participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 13,6 bilhões no período, aumento de 338% na mesma base comparativa. Já as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) responderam por 49% do total das aplicações da agricultura empresarial nos oito meses da safra atual, a R$ 123,9 bilhões, volume 115% superior que um ano antes, quando a fonte representava 27% do total.