Fechamento do Mercado

Demanda fraca e safra na AMS derrubam soja na CBOT

Dados da demanda abaixo do esperado nos EUA e grande safra sul-americana seguem pressionando preços

Sem novidades, mercado recua com foco no fundamentos | Foto: Banco de Imagens
Harvested soybean in hands of a female farmer

A sessão desta segunda-feira (16) foi negativa aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa recuaram entre 6,25 e 9,50 pontos. O vencimento janeiro/25 era cotado a US$ 9,82 por bushel.

De acordo com o sócio da Consus Ag Consulting, Karl Setzer, “houve poucas notícias novas para começar a semana, e esse provavelmente será o caso nas próximas sessões. Esta é a última semana completa de negociação do ano civil e o posicionamento elevado é um dado adquirido. Isso provavelmente criará uma negociação instável e volátil, mas pode facilmente abrir a porta para vendas favoráveis ​​à vista”.

Assim, os preços da oleaginosa voltaram a cair diante de uma grande safra em desenvolvimento na América do Sul. Somente o Brasil pode colher mais de 170 milhões de toneladas de soja nesta temporada.

Por outro lado, a demanda também pesou sobre os preços no mercado internacional. Segundo o NOPA (Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais), o esmagamento de soja chegou a 193,185 milhões de bushels em novembro, ante 199,943 milhões no mês anterior.

Dessa forma, o número ficou abaixo do registrado anteriormente, além das expectativas dos traders, de 196,713 milhões. Além disso, os embarques semanais da soja também recuaram em relação a semana anterior e totalizaram 1.676.444 toneladas na semana encerrada no dia 12 de dezembro, conforme o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Em contrapartida, a possibilidade de uma retomada da guerra comercial entre EUA e China continua no radar. Na primeira guerra comercial, os produtores rurais norte-americanos acumularam prejuízos de mais de US$ bilhões.

Mercado do milho

Na contramão da soja, os futuros do milho encerraram a sessão desta segunda-feira do lado positivo da tabela. Os vencimentos do cereal subiram entre 1,75 e 3,00 pontos. O contrato março/25 fechou o dia a US$ 4,45 por bushel.

Segundo os analistas internacionais, o mercado exibiu um movimento de reação após as quedas recentes. Paralelamente, a fraqueza do dólar frente a outras moedas também contribuiu para o cenário.

Entretanto, de acordo com a Safras & Mercado, “a perspectiva de chuvas favoráveis em áreas produtoras da América do Sul nas próximas duas semanas, favorecendo o desenvolvimento das lavouras, limitou um movimento mais acentuado nos ganhos“.

Mercado do trigo

Assim como a soja, os futuros do trigo também caíram no pregão desta segunda-feira na CBOT. Os vencimentos da commodity acumularam perdas entre 1,25 e 2,25 pontos. O março/25 encerrou a sessão a US$ 5,50 por bushel.

O mercado do trigo recuou em meio a falta de novidades. De um lado, os traders continuam acompanhando o desenvolvimento da safra nos Estados Unidos. Em contrapartida, as produções e exportações de outros grandes players do mercado continuam em destaque.