Com a quebra da safra na região Sul, a nova estimativa é que as exportações da oleaginosa atinjam 80 milhões de toneladas. O que representa um corte de 10,3% nos embarques previstos para a soja em relação ao boletim divulgado em janeiro. É o que mostra o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2021/2022 divulgado nesta quinta-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Para o algodão, a estimativa de exportações deve manter expectativa de crescimento de 2,5%, em relação ao último ano; esperando que seja alcançado um volume de 2,05 milhões de toneladas.
Já para o milho, na safra 2020/21, no acumulado de fevereiro a janeiro foram exportadas 20,8 milhões de toneladas, enquanto que as importações fecharam o ano safra em 3 milhões de toneladas. Sendo assim, os estoques finais estimados para o ciclo passado resultaram num total de 8,8 milhões de toneladas.
Dessa forma, para a temporada 2021/22, diante do aumento da produção e de uma moeda doméstica desvalorizada, a Conab estima que 35 milhões de toneladas serão exportadas. Além disso, a Conab espera que o estoque final no atual ciclo seja de 10 milhões de toneladas; valor 14,5% superior ao estimado para a safra 2020/21. A recuperação ocorre em função da expectativa de uma boa segunda safra de milho no Brasil.
Quanto ao trigo, a previsão é que os estoques de passagem fechem o ano em 180 mil toneladas, volume superior ao que foi observado na safra 2020/21, mas com redução em relação ao último levantamento, quando se previa a finalização do ano safra em julho com 280 mil toneladas de estoques de passagem.
Mercado interno
Em relação aos preços dos produtos nas principais praças observou-se, no mês de janeiro em comparação com dezembro, certa estabilidade nas cotações de arroz no Rio Grande do Sul, com ligeira queda de 0,1%. Preços estáveis também para o trigo no Paraná.
Em contrapartida, o feijão preto no estado paranaense e o feijão cores em São Paulo registraram alta de 20% nas cotações. No Mato Grosso, alta para milho, soja e algodão em 10,5%, 7,6% e 6,7% respectivamente. A oleaginosa também apresentou preços mais elevados em 5,5% no PR.
Para mais informações sobre as condições das lavouras do país, acesse a íntegra do 5º Levantamento da Safra de Grãos 2021/2022.