Na Bolsa de Chicago (CBOT), a sessão desta sexta-feira (13) foi negativa aos preços da soja. As principais posições da oleaginosa caíram entre 7,50 e 8,25 pontos. O vencimento janeiro/25 era cotado a US$ 9,88 por bushel.
Embora o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) tenha anunciado mais uma venda de soja, o mercado recuou. Os analistas internacionais destacam que o mercado ainda sente a pressão da grande safra na América do Sul.
Segundo o Farm Progress, “os preços da soja continuaram a cair após outra rodada de vendas técnicas na sexta-feira. Grandes suprimentos e exportações um tanto lentas foram pelo menos parcialmente culpados”.
Nesta semana, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projetou a safra de soja do Brasil em 166,2 milhões de toneladas. No entanto, algumas consultorias já estimam a produção acima de 170 milhões de toneladas.
Hoje, o USDA reportou a venda de 200.000 toneladas de soja para destinos desconhecidos. O volume deverá ser entregue no ciclo de comercialização 2024/25.
Ainda de acordo com o Farm Progress, “as exportações de soja dos EUA aumentaram nos últimos dois meses, à medida que a China e outros países aumentaram as compras em meio a preocupações de que a nova administração Trump possa impor políticas agressivas. Mas as vendas podem estar diminuindo com novos suprimentos sul-americanos esperados no início do ano novo”.
Ademais, na primeira guerra comercial de Donald Trump, os produtores norte-americanos de soja amargaram prejuízos de US$ 11 bilhões. Porém, agora, os analistas reforçam que a China pode simplesmente viver das compras feitas no Brasil.
Mercado do milho
Assim como a soja, os futuros do milho negociados em Chicago fecharam o pregão em queda. Os vencimentos da commodity exibiram perdas entre 1,50 e 2,00 pontos. O contrato dezembro/24 era cotado a US$ 4,30 por bushel.
Para o Farm Progress, “preços do milho os preços do milho enfrentaram um modesto revés após algumas vendas técnicas na sexta-feira que foram parcialmente estimuladas pela fraqueza de contágio da soja e do trigo“.
Entretanto, a demanda tem sido um fator importante e tem dado suporte aos preços, especialmente as exportações e a produção de etanol nos EUA. Paralelamente, a safra da América do Sul permanece no radar dos investidores.
Mercado do trigo
Seguindo as demais commodities, soja e milho, o trigo também caiu na CBOT nesta sexta-feira. Os vencimentos do trigo registraram perdas entre 6,00 e 12,25 pontos. O contrato dezembro/24 era cotado a US$ 5,26 por bushel.
De acordo com o Farm Progress, “os preços do trigo enfrentaram cortes moderados em uma rodada de vendas técnicas que foi parcialmente estimulada por grandes suprimentos globais e uma rodada decepcionante de vendas de exportação relatada no início desta semana”.
Enquanto isso, as condições das lavouras norte-americanas, bem como as produções e exportações de outros países, como Rússia e França, seguem no radar.
Já na Argentina, após dois anos de perdas, a projeção é de uma boa safra de trigo nesta temporada. Conforme dados da Bolsa de Rosário, a produção poderá totalizar 709,2 bilhões de bushels.