Fechamento do Mercado

Com suporte da demanda, soja fecha 6ª em campo positivo

USDA anuncia nova venda de soja, enquanto o potencial da safra na América do Sul segue no radar dos investidores

Lavoura de soja
Desenvolvimento da safra de soja na América do Sul continua em destaque | Foto: Banco de Imagens

As cotações futuras da soja encerraram a sessão desta sexta-feira (22) do lado positivo da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa subiram entre 5,75 e 7,00 pontos. O vencimento janeiro/25 era cotado a US$ 9,83 por bushel.

O mercado voltou a subir após três pregões consecutivos de queda. De acordo com os analistas internacionais, o mercado encontrou suporte na demanda.

Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 198.000 toneladas de soja para destinos desconhecidos, com entrega em 2024/25. No entanto, essa não foi a única venda da semana.

Em contrapartida, o mercado ainda tem acompanhado todo o potencial da safra na América do Sul em meio à finalização da colheita norte-americana. Inclusive, no Brasil, a expectativa é de uma produção ao redor de 170 milhões de toneladas, conforme projeção das principais consultorias do país.

Ademais, outro fator ainda em destaque é a possibilidade de retomada da guerra comercial entre China e EUA. Desde a reeleição do presidente Donald Trump, esse tem sido um ponto de atenção.

Conforme o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman, “tem havido muita especulação sobre o impacto potencial das tarifas prometidas pelo presidente Trump. A suposição é que outra rodada de tarifas dos EUA vai provocar contra tarifas de alguns dos nossos maiores parceiros comerciais, a saber, China e Europa, assim como o México, aumentando os preços para todos. Esse é um argumento fácil de fazer, e pode provar ser verdade”.

No entanto, o especialista ainda destaca um ponto importante: muitos líderes de outros países já enfrentaram essa situação anteriormente. Com base nessa experiência, é possível que eles adotem estratégias mais eficazes, já sabendo o que esperar e como reagir de forma mais assertiva.

Mercado do milho

Ao contrário da soja, os futuros do milho finalizaram a sessão desta sexta-feira em queda. Os vencimentos do cereal recuaram entre 0,50 e 1,25 pontos. O dezembro/24 era cotado a US$ 4,25 por bushel.

Em meio a um cenário já conhecido, o mercado do cereal aguarda novas informações. Assim, o foco permanece na demanda e na produção de etanol nos EUA.

Bem como no desenvolvimento da safra na América do Sul e nas movimentações de outras commodities, como o trigo e o petróleo.

Mercado do trigo

Na contramão da soja, os preços futuros do trigo caíram nesta sexta-feira na CBOT. Os contratos da commodity exibiram perdas de mais de 4 pontos. O dezembro/24 fechou o dia a US$ 5,44 por bushel.

Segundo o Farm Progress, “a postura técnica do mercado de trigo se fortaleceu esta semana, mas os preços permanecem próximos das mínimas de quatro anos atingidas no final de agosto“.

Diante da possível escalada no conflito entre Rússia e Ucrânia, o mercado observa para saber até que ponto esse cenário poderá afetar o fornecimento de grãos na região do Mar Negro.

Por outro lado, o desenvolvimento da safra norte-americana continua no radar dos investidores. Além disso, o IGC cortou sua estimativa global de trigo em 2 MMT para 796 MMT e reduziu a produção da UE em 1,5 MMT para 120,3 MMT.