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Com safra da AMS no radar, soja avança pelo 2º dia na CBOT

Mercado esboça reação, mas safra na América do Sul mantém pressão. Milho sobe nesta 6ª feira após anúncio de venda pelo USDA

Lavoura de soja
Soja continua sendo pressionada pela safra na América do Sul | Foto: Banco de Imagens

A sessão desta sexta-feira (20) foi positiva aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Dessa forma, as principais posições da oleaginosa exibiram ganhos entre 11,50 e 13,00 pontos. O vencimento janeiro/25 era cotado a US$ 9,74 por bushel.

De acordo com o Farm Progress, “um padrão de cobertura de posições vendidas e compras técnicas levou ao resultado otimista de hoje, embora os preços ainda estejam bem abaixo de US$ 10 por bushel”.

Ainda assim, o mercado consolidou o segundo dia consecutivo de alta após as perdas registradas recentemente. Entretanto, o mercado da oleaginosa segue pressionado pela perspectiva de uma grande safra na América do Sul.

Nesta semana, a consultoria Pátria AgroNegócios estimou a produção de soja do Brasil em recorde de 170,41 milhões de toneladas.

Em contrapartida, a demanda também é um fator que tem sido observado de perto pelos traders. Ainda nesta semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou algumas vendas de soja.

Paralelamente, a guerra tarifária entre EUA e China continua em destaque. “Alguns especialistas temem que as ameaças tarifárias do presidente eleito, Donald Trump, esfriem o apetite da China pela soja dos EUA em 2025 — isso diminuirá a atitude de soja de alguns agricultores e pressionará mais acres para o milho na próxima temporada?”, questionou o Farm Progress.

Mercado do milho

Da mesma forma que a soja, os preços futuros do milho também subiram na CBOT nesta sexta-feira. Os contratos do cereal acumularam ganhos entre 4,00 e 5,50 pontos. O vencimento março/25 era cotado a US$ 4,46 por bushel.

Segundo o Farm Progress, “otimismo geral com exportações após uma venda relâmpago para a Colômbia anunciada esta manhã deu suporte adicional“.

Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 150.000 toneladas de milho para a Colômbia. O volume negociado deverá ser entregue no ciclo 2024/25.

Contudo, os preços do cereal também são pressionados por grandes suprimentos. Após uma grande colheita de milho nos EUA, os participantes do mercado acompanham o bom desenvolvimento da safra na América do Sul.

Mercado do trigo

Na contramão da soja, os preços futuros do trigo fecharam a semana com leves quedas, próximos da estabilidade em Chicago. Assim, os contratos da commodity exibiram perdas entre 0,75 e 1,00 pontos. O vencimento março/25 era cotado a US$ 5,33 por bushel.

Conforme o Farm Progress, “os preços têm lutado nas últimas sessões, mas alguns contratos tiveram alguns aumentos modestos após uma rodada de manobras técnicas irregulares na sexta-feira“.

Além das condições das lavouras norte-americanas, o mercado acompanha as informações sobre as safras da Rússia, Austrália e da Argentina. Por outro lado, o clima favorável permitiu que as plantações de trigo de inverno da Alemanha aumentassem 12,3% em relação ao ano passado.

Conforme reforçam os analistas, o país é o segundo maior exportador de grãos da Europa e um notável exportador de trigo. Ademais, as exportações da Rússia seguem no radar.