Fechamento do Mercado

Com números fracos de exportação, soja recua em Chicago

Além disso, previsão de clima seco na Argentina e na porção Sul do Brasil na próxima semana permanece no radar dos investidores

Grãos de soja
Safra de soja na América do Sul ainda permanece no radar dos investidores | Foto: Banco de Imagens

As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a semana em queda. Nesta sexta-feira (27), as principais posições da oleaginosa recuaram entre 6,50 e 8,00 pontos. O vencimento janeiro/25 era cotado a US$ 9,80 por bushel.

De acordo com o Farm Progress, “após os ganhos de dois dígitos de quinta-feira, o mercado de soja caiu de 6 a 8 centavos. Com poucas notícias nesta semana de feriado, os traders se agarraram aos números fracos de exportação“.

Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou as vendas de exportação de soja em 978.400 toneladas. Assim, o número representa uma queda de 31% em relação a semana anterior, e 47% em comparação com a média das últimas quatro semanas.

Além disso, o número também ficou aquém da faixa de 1 a 1,8 milhão de toneladas projetada pelos analistas. Em contrapartida, a safra na América do Sul ainda continua pressionando negativamente os preços da oleaginosa.

No entanto, a previsão de clima seco na Argentina e na porção Sul do Brasil na próxima semana está no radar dos investidores.

Mercado do milho

Na contramão da soja, os futuros do milho fecharam o pregão com leves altas em Chicago. Os principais vencimentos do cereal subiram entre 0,25 e 1,00 pontos. O vencimento março/25 era cotado a US$ 4,54 por bushel.

O mercado do cereal encontrou suporte nas vendas para exportação. No milho, o número ficou em 1,71 milhão de toneladas, um crescimento de 46% em relação a semana anterior, e 39% acima da média das últimas quatro semanas.

Paralelamente, a produção de etanol de milho mostrou um ligeiro aumento de 4.000 barris por dia, para 1,107 milhão – em linha com as expectativas dos analistas. As informações foram divulgadas pela Energy Information Administration.

Ademais, como pano de fundo está a previsão de clima mais seco na Argentina na próxima semana. Além disso, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires revisou seus dados de área plantada de milho para 16,3 milhões de acres, um aumento de cerca de 750.000 em relação à estimativa anterior.

Mercado do trigo

O pregão desta sexta-feira foi positivo aos preços do trigo na CBOT, ao contrário da soja. Os principais vencimentos da commodity exibiram ganhos entre 4,00 e 5,50 pontos. O contrato março/25 era citado a US$ 5,46 por bushel.

Segundo o Farm Progress, o trigo teve um relatório de exportação otimista, o que deu suporte aos preços. Hoje, o USDA apontou vendas ao redor de 612.400 toneladas.

Ainda conforme os analistas, o número representa um aumento de 34% em relação a semana anterior, e 64% em comparação com a média das últimas quatro semanas. Dessa forma, o número ficou acima das expectativas entre 250.000 a 600.000 toneladas de trigo.

Por outro lado, “os futuros de trigo parecem ter chegado ao fundo do poço com a perspectiva de oferta global apertada. Notavelmente, dados russos indicam que sua safra de trigo de 2024 foi de 82 mmt e o governo estima as exportações de 2025/26 em 36,4 mmt, quase 10 milhões abaixo da previsão do USDA de 47 milhões”, ainda segundo o Farm Progress.