Abertura de Mercado

Com influência do petróleo, soja recua em Chicago

Plantio da soja no Brasil, colheita nos Estados Unidos e importações chinesas seguem do radar dos traders

Lavoura de soja
Chuvas na América do Sul e plantio da soja no Brasil seguem no radar | Foto: JCesar2015/Pixabay

A manhã desta terça-feira (15) é negativa aos preços da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). Os futuros da oleaginosa recuavam entre 7,50 e 8,00 pontos, por volta das 08h25 (horário de Brasília). O vencimento novembro/24 era cotado a US$ 9,88 por bushel.

De acordo com os analistas, o mercado da soja é influenciado pela forte queda registrada nos preços do petróleo. Depois das altas recentes, os futuros da commodity recuam mais de 4% no mercado internacional nesta terça-feira.

Além disso, as atenções seguem voltadas para o clima na América do Sul. No Brasil, em torno de 8,2% da área projetada para essa temporada foi cultivada até o dia 11 de outubro, conforme levantamento da Safras & Mercado.

O número ainda segue abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, de 15,8%. Já a média dos últimos cinco anos para o período é de 11,3%.

Do mesmo modo, os traders aguardam os números da colheita da soja norte-americana. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza as informações hoje.

Em contrapartida, as importações de soja da China também estão no radar. A nação asiática importou 11,4 milhões de toneladas de soja em setembro, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas do país asiático.

Isso representa um aumento em relação aos 7,15 milhões de toneladas registrados no mesmo mês do ano anterior e uma quantidade recorde de importações de soja no mês de setembro, informou a agência.

Mercado do milho

Do mesmo modo que a soja, os futuros do milho também recuam nesta terça-feira em Chicago. Perto das 08h32 (horário de Brasília), as principais posições do cereal caíam entre 1,75 e 2,25 pontos. O contrato dezembro/24 era negociado a US$ 4,06 por bushel.

No milho, os investidores estão com as atenções voltadas para a colheita da safra norte-americana. Até a semana passada, 30% da área semeada com o grão havia sido colhida, conforme dados do USDA.

Mercado do trigo

Os futuros do trigo acompanham as desvalorizações da soja e também operam do lado negativo da tabela na CBOT. Os contratos futuros da commodity recuavam mais de 3 pontos, por volta das 08h32 (horário de Brasília). O contrato dezembro/24 operava a US$ 5,82 por bushel.

Segundo o Successful Farming, os contratos futuros de trigo caíram nas negociações durante a noite depois que o Ministério da Agricultura da Rússia definiu um preço mínimo para suas exportações do grão.

O piso foi fixado em US$ 250 a tonelada em uma base free-on-board, informou a S&P Global, citando traders de trigo. Algumas informações indicaram que o preço poderia ser de US$ 240 a tonelada para entrega em outubro, US$ 245 a tonelada em novembro e US$ 250 a tonelada para dezembro, disse a S&P Global em uma nota aos clientes.

O ministério estaria promovendo vendas diretas e pedindo aos vendedores que evitem vender grãos russos aos vencedores de licitações estrangeiras de trigo, diz a nota. Além disso, o clima favorável nas áreas de cultivo em todo o mundo também pesou sobre os preços durante a noite.