O pregão desta segunda-feira (23) foi negativo aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa recuaram entre 3,75 e 5,00 pontos. O vencimento janeiro/25 era cotado a US$ 9,69 por bushel.
De acordo com os analistas internacionais, “o mercado de soja pode ter dificuldades para continuar o ímpeto de alta porque a demanda de exportação dos EUA parece estar diminuindo, já que os compradores globais estão de olho nas grandes colheitas esperadas na América do Sul no ano que vem“.
Inclusive, a safra de soja na América do Sul permanece pressionando negativamente os preços da oleaginosa. Enquanto isso, no Brasil, a semeadura está praticamente concluída, conforme dados da AgRural.
Em seu último boletim, a consultoria reportou ainda que as chuvas recentes levaram a condições favoráveis de desenvolvimento da safra na maior parte do país. A consultoria estima a safra brasileira em 171,5 milhões de toneladas.
Por outro lado, a demanda permanece no radar dos investidores. Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 132.000 toneladas de soja para a China. O volume deverá ser entregue no ciclo 2024/25.
Mercado do milho
Na contramão da soja, os futuros do milho negociados na CBOT fecharam o pregão desta segunda-feira com leves altas. Os principais vencimentos do cereal subiram entre 0,25 e 1,75 pontos. O contrato março/25 era cotado a US$ 4,47 por bushel.
Conforme destacam os analistas internacionais, os preços encontraram suporte na demanda. Hoje, o USDA também anunciou a venda de 132.000 toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume também deverá ser entregue no ciclo 2024/25.
No entanto, assim como a soja, o mercado do milho também sente a pressão de uma grande safra em desenvolvimento na América do Sul.
Mercado do trigo
Ao contrário da soja, os preços futuros do trigo subiram no pregão desta segunda-feira em Chicago. Os vencimentos da commodity exibiram ganhos entre 7,50 e 8,25 pontos. O vencimento março/25 era cotado a US$ 5,40 por bushel.
O mercado do trigo exibiu um movimento de compras técnicas depois das perdas registradas recentemente. Entretanto, de acordo com o Farm Progress, “os futuros de trigo continuam sobrecarregados pela competição de exportação e pela preocupação de que um dólar americano forte possa sobrecarregar a demanda estrangeira”.
Além disso, esses fatores ofuscaram as perspectivas de uma safra mais fraca na Rússia, o maior exportador de trigo do mundo. Na semana passada, a consultora russa Sovecon cortou sua previsão de safra de trigo para 2025 em quase 4%, para uma baixa de quatro anos de 78,7 MMT.