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Chile mantém seu posicionamento no mercado de vinhos brasileiro com 44% de participação

Programa de apoio ao comércio eletrônico do Mercado Livre visa aumentar a participação de empresas chilenas no comércio brasileiro

As exportações de vinhos chilenos para o Brasil tem crescido ano após ano. Entre janeiro a outubro deste ano em comparação ao mesmo período de 2021, as vendas totais de vinhos chilenos para o Brasil cresceram 4,5% e somaram US$ 159 milhões. A categoria espumantes apresentou a alta mais expressiva (166,5%), registrando US$ 1 milhão. Destacam-se também as exportações de vinho tinto, Cabernet Sauvignon, engarrafado, totalizando US$ 22 milhões, 4,7% a mais do que em 2021. Já as vendas do vinho tinto engarrafado, Carmenere, avançaram 2,6%, somando mais de US$ 14 milhões, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. As informações são do ProChile – instituição do Ministério das Relações Exteriores do Chile.

Ainda segundo o ProChile, o país detém hoje 44,29% de participação no mercado brasileiro, com Brasil representando o 4º lugar de destino dos vinhos chilenos. Em primeira posição está a da China, com US$ 261 milhões, seguido pelo Reino Unido, com US$ 183 milhões e os Estados Unidos, com US$ 179 milhões.

Além da versatilidade, qualidade e sabor que os vinhos chilenos conferem, a razão para esse resultado está em o Chile ser um dos principais parceiros comerciais do Brasil e se posicionar como país de origem de vinhos Premium, ricos em diversidade, qualidade e sustentáveis. O acordo de livre comércio em vigor entre os dois países desde janeiro de 2021 permite que os produtos exportados estejam isentos da tarifa de importação.

Mesmo em meio a um cenário de inflação, há uma demanda crescente por vinhos premium, principalmente vindos do setor de turismo e de restaurantes.

Há mais de 20 anos, somos o principal fornecedor de vinhos para o Brasil, tanto em valor quanto em volume. E essa boa relação comercial que dispomos com o Brasil nos leva a alcançar resultados cada vez mais altos”, diz Hugo Corales, diretor comercial do ProChile no Brasil.

Hoje, o país andino conta com 356 vinícolas exportadoras e uma oferta diversificada de vinhos de nicho, autor, pequena produção, naturais, orgânicos e biodinâmicos.

Programa de apoio ao e-commerce

Para ajudar empresas exportadoras chilenas a penetrar no comércio brasileiro, o ProChile desenvolveu ainda uma estratégia comercial junto ao Mercado Livre iniciada por meio do projeto piloto “Programa Brasileiro de Aceleração do Mercado Livre” iniciado em 2021. Por meio dessa iniciativa, foi contratado um acelerador de e-commerce certificado pela plataforma Mercado Livre para assessorar, treinar e apoiar um grupo de quatro empresas chilenas que já exportavam ao Brasil, com o objetivo de entrar nos canais digitais do mercado brasileiro e aumentar suas vendas.

Dado o sucesso do programa, neste ano de 2022 está em andamento, tanto no Brasil quanto na Argentina, o “Programa de Aterrissagem no Mercado Livre”, cujo objetivo é continuar aumentando o volume de vendas de outras empresas chilenas pelo mesmo canal digital e ainda ampliar sua cobertura comercial, posicionando  seus produtos em diferentes áreas geográficas nesses países.

No Brasil, considerando o crescimento das vendas de vinhos pelos canais e-commerce, quatro empresas chilenas do setor estão participando: Sur Valles, Bestias Wines, Korta Wines y Pewen Wines.

Cebola, alho, carne de porco e salmão

O Chile vem ampliando também suas exportações de alimentos ao Brasil. Entre janeiro e outubro deste ano, as vendas de cebola in natura chilenos subiram 220,24% e somaram mais de US$ 10 milhões quando comparados ao mesmo período do ano anterior.

Já as exportações de alho in natura superam US$ 4 milhões (582,7%) no mesmo período analisado. O Brasil é o segundo mercado de destino dessas exportações depois do México (US$ 19 milhões).

Chama atenção também a alta percebida para as carnes suínas chilena, que ultrapassaram US$ 2 milhões neste ano até outubro, representando um crescimento de 687,6% em relação ao mesmo período de 2021. O Brasil é o 13º mercado de destino deste produto, com participação de 0,24% no total das exportações chilenas.

Quando se trata das exportações chilenas de salmão e truta para o mundo, elas somaram, entre janeiro e outubro deste ano, US$ 5,4 bilhões. Desse total, o Brasil – terceiro principal mercado, comprou US$ 673 milhões, crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os EUA lideraram o ranking, com US$ 2,4 bilhões, alta de 27,8%.

Azeite

O mercado de azeite chileno é uma novidade para o Brasil que vem ampliando a oferta do óleo aos consumidores brasileiros. Entre janeiro a outubro de 2022, as exportações de azeite do país andino somaram US$ 30 milhões, alta de 75,1% em relação ao mesmo período de 2021. O Brasil é o primeiro mercado de destino das exportações chilenas de azeite. Em segundo lugar estão os Estados Unidos (US$ 18 milhões) e em terceiro a Argentina (US$ 5 milhões).