Mercado

Cepea divulga fechamento dos mercados em novembro

Resumo dos mercados de novembro.

AÇÚCAR: Os preços médios do açúcar cristal seguiram firmes no mercado spot do estado de São Paulo em novembro, tendo como suporte a baixa oferta, que tem prevalecido ao longo desta atual temporada 2021/22. Alguns negócios envolvendo volumes maiores foram fechados a preços mais baixos, mas isso ocorreu de forma pontual. A demanda esteve enfraquecida ao longo da última semana do mês, já que muitos compradores se mostraram abastecidos, recebendo o açúcar já contratado.

ALGODÃO: Os preços do algodão em pluma se mantiveram firmes ao longo de todo o mês de novembro, com o Indicador CEPEA/ESALQ renovando as máximas nominais da série histórica do Cepea por vários dias e chegando a operar acima da casa dos R$ 6,30/libra-peso. Diante disso, os valores internos da pluma acumulam alta pelo quinto mês seguido.
 
ARROZ: Pelo terceiro mês consecutivo, os preços do arroz em casca caíram no Rio Grande do Sul. Como consequência, os valores passaram a operar abaixo dos custos totais de produção, cenário que não era verificado desde abril de 2020, segundo levantamento da Equipe de Custos do Cepea. Neste caso, ressalta-se que, desde o início da pandemia, houve restrição na oferta de importantes matérias-primas, o que, em conjunto com a forte valorização do dólar, encareceu significativamente os insumos utilizados na produção do cereal.
 
CAFÉ: O mês de novembro foi marcado pelo forte avanço das cotações externas e internas do café arábica. No cenário internacional, os contratos na Bolsa de Nova York (ICE Futures) chegaram a operar acima dos 230 centavos de dólar por libra-peso, sendo que, no dia 24, o contrato Março/22 atingiu 245,40 centavos de dólar por libra-peso, o maior patamar desde janeiro de 2012. Além da alta dos futuros, agentes brasileiros estiveram afastados do mercado spot, na expectativa de preços ainda maiores, contexto que reforçou o movimento de valorização do arábica no Brasil.
 
ETANOL: O volume de etanol hidratado negociado por usinas do estado de São Paulo em novembro foi o menor para este período desde 2003, segundo dados do Cepea. Isso foi resultado da sequência de poucos negócios ao longo de novembro e que envolveram quase sempre pequenas quantidades. Por sua vez, as menores vendas de etanol hidratado na ponta varejista estiveram atreladas à baixa competitividade do preço do biocombustível em relação à gasolina. 
 
MILHO: Os preços do milho recuaram na maior parte de novembro, voltando a avançar apenas na última semana do mês. Até a terceira semana, os valores foram pressionados pelo ritmo enfraquecido das exportações na atual temporada e pelo bom andamento da semeadura da safra verão. Além disso, compradores permaneceram afastados das negociações – na expectativa de continuidade das quedas –, enquanto os vendedores, com necessidade de liberar espaços nos armazéns, aceitavam negociar o cereal a preços mais baixos.
 
SOJA: Mesmo em período de entressafra, os preços da soja caíram na maior parte de novembro. A pressão veio da necessidade de liberar estoques para a chegada da nova safra, que pode ser recorde, e também do clima favorável na maior parte do Brasil. De outubro para novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá caiu 3,1%, com média de R$ 165,79/sc de 60 kg no último mês. Porém, na comparação com novembro de 2020, houve leve avanço de 0,5%, em termos nominais. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná teve média de R$ 162,38/sc de 60 kg em novembro, com baixa de 3,5% na comparação mensal e de 1,3% na anual.
 
TRIGO: Em novembro, a colheita de uma safra recorde de trigo foi praticamente finalizada no Brasil. Entretanto, estimativas oficiais divulgadas no mês indicaram reajustes negativos para as ofertas nacional e mundial. No Brasil, a Conab diminuiu a produtividade esperada em vários estados, com destaque para o Paraná e o Rio Grande do Sul. Em termos globais, o USDA (Departamento de Agricultura Norte-Americano) também reduziu as estimativas de produção, o que, por sua vez, pode levar os estoques de passagem em 2021/22 para os menores volumes desde 2015/16.

Pecuária

BOI: Depois de registrar intensas quedas em setembro e outubro, de 8% e 11,83%, respectivamente, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (estado de São Paulo) voltou a subir com força ao longo de novembro – o avanço no acumulado do mês foi de 25,26% (ou de 65,2 Reais por arroba), fechando a R$ 322,40 no dia 30. Com isso, o Indicador não só recuperou as perdas verificadas nos meses anteriores como também atingiu um novo patamar máximo nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 1994.

FRANGO: As vendas de carne de frango nos mercados interno e externo estiveram lentas ao longo de novembro, contexto que pressionou as cotações da proteína e também do animal vivo. O valor médio desses produtos em novembro chegou ao menor patamar em cinco meses. 

OVINOS: O mês de novembro foi marcado pela queda nos preços do cordeiro vivo na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. A pressão veio sobretudo da maior disponibilidade de animais prontos para o abate.