O pregão desta sexta-feira (10) foi de forte alta aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa ampliaram os ganhos durante o dia e subiram entre 21,25 e 27,25 pontos. Todos os contratos fecharam o dia acima dos US$ 10,00 por bushel, com o janeiro/25 a US$ 10,13 por bushel.
De acordo com o Farm Progress, “os preços foram fortemente influenciados pelos dados otimistas do USDA, que incluíram rendimentos e produção dos EUA menores do que o esperado, juntamente com estoques globais inesperadamente mais baixos”.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu a safra norte-americana de soja de 121,4 para 118,84 milhões de toneladas. Já a produtividade caiu de 57,95 para 56,82 sacas por hectare.
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Paralelamente, o departamento estimou a produção global de soja em 424,26 milhões de toneladas, contra as 427,14 milhões de toneladas estimadas em dezembro. Os estoques finais mundiais caíram de 131,87 milhões para 128,37 milhões de toneladas.
Ainda hoje, a consultoria Pátria AgroNegócios estimou a safra de soja do Brasil em 167,94 milhões de toneladas. A consultoria reduziu sua projeção em torno de 2,5 milhões de toneladas, com o tempo adverso afetando lavouras em algumas localidades, como noroeste do Paraná, Mato Grosso do Sul, oeste de São Paulo e centro-leste do Rio Grande do Sul.
Por outro lado, a consultoria Safras & Mercado projetou a produção em 173,71 milhões de toneladas. Antes, o número era de 171,78 milhões de toneladas.
Mercado do milho
Assim como para a soja, a sessão desta sexta-feira também foi de alta aos preços do milho em Chicago. Os principais vencimentos do cereal subiram entre 4,25 e 15,00 pontos. O março/25 fechou o dia a US$ 4,70 por bushel.
Segundo o Farm Progress, “o desempenho acirrado de hoje foi alimentado principalmente pelos cortes drásticos feitos pelo USDA em suas estimativas de rendimento e produção”.
Para o milho, o USDA reduziu de 384,64 para 377,63 milhões de toneladas a projeção para a safra norte-americana. Já a produtividade caiu de 191,55 para 187,56 sacas por hectare. Do mesmo modo, os estoques recuaram de 44,15 para 39,12 milhões de toneladas.
Além disso, a produção mundial de milho passou de 1.217,89 para 1.214,35 bilhão de toneladas. Ademais, os estoques finais mundiais caíram de 296,44 para 293,34 milhões de toneladas.
Mercado do trigo
Na contramão da soja e do milho, os futuros do trigo registaram leves quedas no pregão desta sexta-feira na CBOT. Assim, os contratos da commodity cederam entre 0,50 e 3,25 pontos. O março/25 era cotado a US$ 5,30 por bushel.
Conforme dados do Farm Progress, “os preços testaram ganhos após algum suporte de transbordamento do milho e da soja na sexta-feira de manhã, mas foram incapazes de mantê-los até o momento em que a sessão de hoje chegou ao fim“.
O USDA aumentou os estoques finais norte-americanos, de 21,63 para 21,71 milhões de toneladas. Além de reduzir as exportações de trigo da Rússia, de 47 para 46 milhões de toneladas.
Enquanto isso, a produção global de trigo subiu de 792,95 para 793,24 milhões de toneladas. Do mesmo modo, os estoques finais mundiais aumentaram de 257,85 para 258,82 milhões de toneladas.
