Os futuros do milho encerraram a sessão desta terça-feira (10) em campo positivo na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal registraram ganhos entre 6,50 e 7,50 pontos, uma alta de mais de 1%. O dezembro/24 operava a US$ 4,40 por bushel.
Segundo o Farm Progress, “os preços do milho atingiram máximas de dois meses após o USDA mostrar estoques finais menores do que o esperado, o que desencadeou uma ampla rodada de compras técnicas na terça-feira”.
Dessa forma, os estoques finais de milho dos EUA foram estimados em 44,15 milhões de toneladas. Em novembro, o número projetado era de 49,23 milhões de toneladas.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou ainda sua projeção para a produção global do cereal, de 1.219,40 bilhão para 1.217,89 bilhão de toneladas. Ademais, os estoques finais mundiais caíram de 304,4 milhões para 296,44 milhões de toneladas.
Em contrapartida, as importações de milho da UE durante o ano de comercialização de 2024/25 atingiram 347,6 milhões de bushels até 8 de dezembro, o que representa um aumento de 11% em relação ao ritmo do ano passado até agora. Assim, Ucrânia, Brasil, Estados Unidos, Sérvia e Canadá foram os cinco principais fornecedores.
Mercado da soja
O pregão também foi positivo aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago. As principais posições da oleaginosa subiram entre 3,75 e 4,75 pontos. O vencimento janeiro/25 era cotado a US$ 9,94 por bushel.
Segundo o Farm Progress, “os preços da soja sobreviveram a uma sessão agitada com ganhos moderados após uma rodada de compras técnicas que foi parcialmente estimulada pela força de transbordamento de um amplo conjunto de outras commodities”.
Assim, os preços da oleaginosa subiram, acompanhando a alta do milho, impulsionada pelos números de oferta e demanda divulgados pelo USDA. Porém, para a soja, o órgão manteve os estoques finais dos EUA para 2024/25.
Paralelamente, o USDA aumentou para 131,87 milhões de toneladas os estoques finais globais de soja. Já a produção mundial subiu de 425,4 milhões para 427,14 milhões de toneladas.
Além disso, as importações de soja da União Europeia durante o ano de comercialização de 2024/25 estão tendendo modestamente acima do ritmo do ano passado até agora, após atingir 208,3 milhões de bushels até 8 de dezembro. Brasil, Estados Unidos, Ucrânia, Canadá e Togo foram os cinco principais fornecedores.
Enquanto isso, as importações de soja da China recuaram 9% em novembro após atingir 262,7 milhões de bushels. Mesmo assim, as importações totais de soja durante os primeiros 11 meses de 2024 estão 9,4% acima do ritmo de 2023 após atingir um ritmo recorde de 3,567 bilhões de bushels. A China é a maior compradora de soja do mundo.
Por outro lado, o mercado ainda acompanha o bom desenvolvimento da safra de soja na América do Sul, além da possível retomada da guerra tarifária entre EUA e China.
Mercado do trigo
As cotações futuras do trigo também acompanharam as altas do milho na CBOT. Assim, os vencimentos da commodity exibiram valorizações entre 0,75 e 3,75 pontos. O dezembro/24 trabalhava a US$ 5,42 por bushel.
Conforme dados do Farm Progress, “os preços do trigo encontraram ganhos modestos a moderados após o USDA ter reduzido suas estimativas de estoques finais. A força de transbordamento de outras commodities deu suporte adicional”.
Hoje, o USDA reduziu ligeiramente suas estimativas para os estoques finais de trigo de 2024/25 de 815 milhões de bushels em novembro para 795 milhões de bushels em dezembro. Analistas esperavam ver cortes mais modestos após oferecer uma estimativa comercial média de 814 milhões de bushels.