Abertura de Mercado

Trigo realiza lucros com tensões geopolíticas ainda no radar

Soja e milho também registram queda na Bolsa de Chicago na manhã desta quinta-feira

Campo de trigo
Tensões geopolíticas seguem no radar dos traders | Foto: KiraHoffmann/Pixabay

Os futuros do trigo negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) começaram a sessão desta quinta-feira (03) com leves quedas. As principais posições do cereal recuavam mais de 2 pontos, por volta das 08h10 (horário de Brasília), com o vencimento para dezembro/24 cotado a US$ 6,13 por bushel.

O mercado realiza lucros após uma alta de mais de 3% no pregão anterior, impulsionada pelas tensões entre Rússia e Ucrânia. “A Rússia continua a travar uma guerra contra os grãos e a segurança alimentar global“, declarou o vice-primeiro-ministro da Ucrânia.

O mercado também monitora a produção global de trigo, com destaque para a Rússia, maior exportadora do cereal, que apontou uma queda de 14,7% na produção agrícola em agosto devido a condições climáticas adversas. O andamento do plantio do trigo de inverno nos EUA também é observado atentamente.

Mercado do milho

Seguindo a tendência do trigo, os preços do milho também operam em queda na CBOT nesta quinta-feira. Por volta das 08h16 (horário de Brasília), os vencimentos caíam 0,50 pontos, com o dezembro/24 cotado a US$ 4,32 por bushel.

Além da colheita nos EUA, os traders acompanham de perto a produção de etanol. A produção semanal do biocombustível aumentou, alcançando uma média de 1,015 milhão de barris por dia na semana encerrada em 27 de setembro. Os estoques, por outro lado, caíram para o menor nível em um mês, segundo a Energy Information Administration.

Mercado da soja

Assim como o milho e o trigo, os futuros da soja também operam em baixa nesta manhã. Às 08h16 (horário de Brasília), os preços recuavam entre 6,75 e 7,25 pontos, com o vencimento novembro/24 cotado a US$ 10,48 por bushel.

“O clima favorável na América do Sul pressiona os preços da soja”, afirmou Don Keeney, meteorologista agrícola da Maxar. “Há previsão de chuva nas áreas de cultivo do sul do Brasil, o maior exportador mundial da oleaginosa, o que melhorará a umidade do solo na região.”