A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) elaborou um Sumário Executivo do “China Agricultural Outlook 2023-2032”, documento que traz perspectivas dos principais produtos agrícolas produzidos pelo país asiático para os próximos dez anos.
Segundo dados do sumário, em 2022, a compra de commodities agrícolas pela China diminuiu significativamente. A importação de grãos do país foi reduzida para 146,87 milhões de toneladas, uma queda de 10,7%. A importação de milho alcançou o patamar de 20,62 milhões de toneladas, 27,3% a menos do que em 2021. A importação de soja registrou 91,08 milhões de toneladas, uma redução de 5,6%.
Até 2032, espera-se que a área cultivada de grãos na China seja expandida para 120 milhões de hectares, dos quais 100 milhões de hectares serão dedicados ao cultivo de cereais e 13,4 milhões de hectares para a soja. Presume-se que a produção de soja alcance 36,75 milhões de toneladas, com uma taxa de autossuficiência de 30,7%. A expectativa é que as importações diminuam cada vez mais à medida que a China reduz a dependência da soja importada.
A soja importada pela China é principalmente usada para a extração de óleo. O volume de importação em 2022 foi de 91,08 milhões de toneladas. Brasil, EUA e Argentina, Uruguai e Canadá foram os principais fornecedores de soja à China. O Brasil representou 59,7% do volume importado pela China, mantendo o posto de maior fornecedor
Mas, apesar do declínio, o Brasil e os EUA continuarão sendo os principais fornecedores para a China. Espera-se que o volume das importações de soja seja de 93,02 milhões de toneladas em 2023, 86,53 milhões de toneladas em 2027 e 83,56 milhões de toneladas em 2032. O volume de importações em 2032 será 12,9% inferior à base de previsão.