Nesta semana, o conflito entre Rússia e Ucrânia alcançou novos patamares de tensão. A guerra, iniciada em 20 de fevereiro de 2022, tem gerado crescente preocupação não apenas sobre a segurança, mas também sobre o comércio e a produção de alimentos na região.
Nesta quinta-feira (20), o mercado global do trigo enfrentou uma séria turbulência, devido aos ataques russos a portos ucranianos.
Este já é o terceiro dia consecutivo de investidas militares que afetam a produção e exportação do grão, o que resultou em oscilações significativas nos preços na Bolsa de Chicago.
Na Chicago Board of Trade (CBOT), os preços do trigo enfrentam instabilidade desde o início do conflito. Porém hoje, por volta de 10h40 (horário de Brasília), os ganhos nas posições mais negociadas eram de apenas 0,2%, em comparação com a alta de mais de 1% registrada anteriormente.
O contrato para setembro foi cotado a US$ 7,37 por bushel, enquanto o de março de 2024 atingiu US$ 7,68 por bushel.
Rússia sai do Acordo do Mar Negro
A saída da Rússia do acordo do Mar Negro, na última segunda-feira (17), exacerbou ainda mais a tensão no conflito.
Além dos ataques a portos, a Rússia emitiu ameaças diretas a qualquer navio que saia dos portos em direção ao país ou que se aproxime da Ucrânia, considerando-os alvos militares.
As ações inviabilizam as estruturas de exportação ucranianas e geram preocupações sobre a segurança das rotas marítimas na região.
Destruição em Odesa
Na madrugada de quarta-feira (19), os ataques aéreos russos atingiram Odesa, o maior porto da Ucrânia, resultando na destruição de silos e 60 mil toneladas de grãos.
A ação interrompeu significativamente as operações de exportação no local, agravando ainda mais a situação no mercado do trigo.
Mercado de grãos sob volatilidade
A incerteza gerada pelos ataques e pela escalada do conflito tem deixado os mercados de grãos altamente voláteis.
Analistas e consultores explicam que as especulações têm se intensificado, levando a oscilações acentuadas nos preços do trigo.
O gráfico do desempenho dos futuros do trigo neste 20 de julho ilustra a notável volatilidade enfrentada pelos investidores.