Economia

Terminal de Contêineres de Paranaguá atinge 1 milhão de TEUS movimentados em 2021

Pela primeira vez em sua história, o Terminal de Contêineres de Paranaguá, o maior da América do Sul, ultrapassou a marca de 1 milhão de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados em um ano. O número é a soma da movimentação realizada entre os meses de janeiro e novembro. As movimentações foram impulsionada, principalmente, pelos investimentos realizados em infraestrutura e pela exportação de cargas refrigeradas, conforme a TCP, empresa que administra o Terminal.

Do total de cargas movimentadas nos 11 primeiros meses do ano, 57,52% corresponderam à exportação, com destaque para carnes e congelados. O Terminal é considerado a maior porta de saída de carnes congeladas do Brasil. O restante das cargas, 42,48%, estão relacionadas à importação. Nesse quesito se destacam os bens de consumo e eletroeletrônicos. No período, a ferrovia movimentou 115.310 TEUS.

A expectativa da empresa é fechar o ano de 2021 com aproximadamente 1,09 milhão de TEUS operados, o que representará um crescimento de 11,75% em relação ao ano de 2020.

Na comparação anual, o segmento de bens de capital foi o que mais cresceu. O crescimento foi de 94% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Na importação, destacam-se os produtos e artigos feitos de borracha, com crescimento de 86%.

“Viabilizamos mais rotas marítimas em Paranaguá, oferecendo opções competitivas para importadores e exportadores”, afirma Thomas Lima, diretor Comercial e Institucional do Terminal. Recentemente, o Terminal anunciou um novo serviço para a Ásia em parceria com o armador coreano Hyundai.

Crise de contêineres

Apesar da crise mundial de falta de navios e contêineres, a TCP avalia que teve resultados expressivos, chegando a movimentar mais de 100 mil TEUs em um úncio mês, em setembro de 2021.

Thomas Lima explica que a crise se deve à mudança nos padrões de consumo e à demanda reprimida causada pela pandemia. “O problema foi agravado por eventos como o bloqueio do canal de Suez. Isso gerou uma procura desequilibrada por contêineres, além de aumentar a ocupação dos portos e navios. Com a crise, ficou mais difícil a reserva de contêineres vazios e o frete marítimo teve seus valores aumentados expressivamente”.

No transporte de contêineres da China até o Brasil, o aumento do preço do frete foi de quase cinco vezes em relação a tarifa média cobrada normalmente. Em janeiro de 2021, por exemplo, esse valor chegou a cerca de R﹩50 mil por contêiner de 40 pés.

O executivo da TCP explica que os principais impactos para os terminais de contêineres dizem respeito à capacidade de receber novas cargas. “A grande demanda reprimida chegou forte e de uma única vez, colapsando os menores. Os operadores portuários precisaram se reinventar para atender o mercado”, explica.

O Terminal de Paranaguá passou por um expansão, concluída em 2019, e possui um moderno parque de equipamentos, o que evitou o colapso. As obras permitiram ao Terminal movimentar até 2,5 milhões de TEUs anualmente, contando com cais de 1.099 metros e quase 500 mil m² de área para contêineres. “Além da capacidade logística, fizemos parcerias com armadores, parceiros logísticos e órgãos intervenientes para minimizar os impactos para os exportadores e importadores”.

Fonte: TCP