O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,58% em janeiro, 0,20 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (0,78%). Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 10,20%, abaixo dos 10,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,78%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em janeiro. A exceção foram os Transportes, cujos preços recuaram 0,41%, após a alta de 2,31% em dezembro. O maior impacto no índice do mês (0,20 p.p.) foi de Alimentação e bebidas (0,97%), que acelerou frente ao mês anterior (0,35%). Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (0,93%) e Habitação (0,62%), que contribuíram com 0,12 p.p. e 0,10 p.p., respectivamente. Já as maiores variações foram de Vestuário (1,48%) e Artigos de Residência (1,40%). Os demais grupos ficaram entre o 0,25% de Educação e o 1,09% de Comunicação.
O recuo nos Transportes (-0,41%) decorre, principalmente, da queda nos preços da gasolina (-1,78%) e das passagens aéreas (-18,21%). Além disso, etanol (-3,89%) e o gás veicular (-0,26%) também tiveram variações negativas. No lado das altas, os destaques foram os automóveis novos (1,90%) e emplacamento e licença (1,70%), que incorporou, pela primeira vez, a fração mensal referente ao IPVA de 2022.
No grupo Alimentação e bebidas (0,97%), a alimentação no domicílio passou de 0,46% em dezembro para 1,03% em janeiro. Os maiores impactos vieram da cebola (17,09%), das frutas (7,10%), do café moído (6,50%) e das carnes (1,15%). Por outro lado, houve queda nos preços da batata-inglesa (-9,20%), do arroz (-2,99%) e do leite longa vida (-1,70%), cujos preços já haviam recuado no mês anterior (-6,46%, -2,46% e -3,75%, respectivamente). A alimentação fora do domicílio (0,81%) também acelerou em relação a dezembro (0,08%).
A energia elétrica, subitem de maior peso no grupo Habitação, teve variação de 0,03%, desacelerando frente a dezembro (0,96%).
Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em janeiro. O menor resultado ocorreu em Brasília (0,19%), influenciado pelas quedas nos preços da gasolina (-4,89%) e das passagens aéreas (-14,37%). A maior variação foi a da região metropolitana de Salvador (1,08%), cujo resultado foi puxado pelos itens de higiene pessoal (4,57%) e pelas frutas (9,90%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de dezembro e 13 de janeiro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 13 de dezembro de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta e na abrangência geográfica.
Fonte: Agência IBGE de Notícias