Economia

Preços de etanol e açúcar apresentam alta no mercado em março

A alta segue o comportamento do mercado externo, em um movimento influenciado pelo aumento das cotações de petróleo

Após a queda nos preços de açúcar registrada nos dois primeiros meses do ano, o produto volta a registrar valorização em março. O açúcar cristal cor ICUMSA 130 a 180 alcançou R$ 139,47/sc de 50kg, com variação semanal positiva de 1,8%; enquanto o açúcar cristal cor ICUMSA máxima 150 chegou a R$ 135,76/sc de 50kg, também com variação semanal positiva de 1,6%. A variação anual também segue positiva para ambos em 18,4% e 18,6% respectivamente.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a alta segue o comportamento do mercado externo; em um movimento influenciado pelo aumento das cotações de petróleo. Todavia, essa elevação no cenário doméstico tende a ser limitada devido à aproximação da safra 2022/23 de cana-de-açúcar; com perspectiva de recuperação da produção, além da valorização do real frente ao dólar.

Etanol

Alta também nos preços do etanol, seguindo a valorização do barril de petróleo no mercado internacional, bem como a melhora na competitividade do biocombustível em relação à gasolina. Além disso, o avanço no controle do Covid-19 também favorece a perspectiva de fortalecimento do consumo no início da safra 2022/23.

O etanol anidro nesta semana chegou a R$ 3,76/litro, alta foi de 3,8%. Para o hidratado, o preço baixou levemente para R$ 3,28/litro, redução de 0,3% na semana. A variação anual também segue positiva para ambos em 37% e 29,6% respectivamente.

“Apesar da valorização do etanol na semana passada, segundo os dados da ANP, o preço médio do etanol ainda se mantém mais competitivo do que o da gasolina nos principais estados produtores”, pondera o analista da Companhia, Fábio Costa.

Exportações

A venda de açúcar para o mercado externo nos onze meses da safra 2021/22 alcançou cerca de 24,5 milhões de toneladas, uma redução de 18,8% na comparação com igual período do ciclo anterior. Queda também para as exportações de etanol. No caso do biocombustível a redução chega a 41,4% no acumulado dos onze meses da safra 2021/22. De acordo com a análise da Conab, o menor volume de venda para o mercado externo é explicado pela quebra da produção na temporada e por problemas logísticos no transporte marítimo internacional.

Segundo estimativa da Companhia, a produção de cana-de-açúcar no Brasil deve ser de 568,4 milhões de toneladas na safra 2021/22; uma queda de 13,2% na comparação com a produção de 654,5 milhões de toneladas do ciclo anterior. Essa redução se deve à uma menor área cultivada aliada a uma menor produtividade dos canaviais em razão da seca e das geadas do último inverno.