Economia

PIB do Rio Grande do Sul deve crescer 1,3% em 2022

A principal contribuição positiva do PIB gaúcho este ano vem dos serviços, com alta estimada de 2,9%, puxada pela reabertura da economia.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul deve ter crescimento de 1,3% este ano, após expansão de 5% em 2021. As projeções fazem parte de estudo do Departamento Econômico do Santander, e indicam que a economia gaúcha mostrou desempenho positivo no último biênio, após o tombo de 3% previsto para 2020 devido à pandemia.

Segundo o levantamento, que contém estimativas do banco por estados e regiões do País para o horizonte de 2020 a 2023, o PIB brasileiro vai avançar 2,6% em 2022, enquanto a média dos três estados do Sul terá alta de 2,2% no ano. Os últimos dados oficiais para as economias estaduais, do IBGE, são de 2019.

“Estimamos que o PIB da região Sul teve forte retomada em relação à queda sofrida em 2020, com os três estados compensando a contração do ano integralmente em 2021. A região ainda deve ter taxa de crescimento acima de 2% em 2022”, aponta Gabriel Couto, economista do Santander e autor do estudo.

Nos cálculos de Couto, a principal contribuição positiva para o crescimento do PIB gaúcho este ano vem dos serviços, com alta estimada de 2,9%, puxada pela reabertura da economia. Em 2021, o economista estima que o PIB do setor subiu 4,8%. “O setor de serviços deve ser destaque da retomada ao longo de 2021 e 2022. Em 2023, a tendência é de ligeiro crescimento, desempenho que tende a ser melhor do que a média nacional no ano”, aponta.

A indústria gaúcha, por sua vez, deve crescer 1,3% em 2022, após aumento de 8,9% em 2021, de acordo com as projeções. Em 2020, o banco calcula que o PIB industrial diminuiu 5,4% no estado. “A política monetária mais apertada e a desaceleração da demanda devem impactar o setor adicionalmente em 2023”, avalia o economista.

O PIB da agropecuária no Rio Grande do Sul deve ser impactado em consequência de seguidos problemas climáticos. O recuo deve ser de 9,3% este ano, depois de queda de 2,2% em 2021. Já para 2023, o estudo aponta para um aumento de 4% – única alta do setor entre os três estados do Sul. “Apesar do ciclo positivo nos grãos, secas levaram a grandes perdas nas safras”, observa o economista. “Mesmo que haja normalização em 2023, a tendência é de um crescimento baixo para o setor na região Sul”.