A prévia da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apresentou um aumento de 0,40% em dezembro, revelando uma elevação de 0,07 ponto percentual em relação ao índice de novembro, que havia variado em 0,33%. O resultado, divulgado pelo IBGE hoje (28), foi notadamente influenciado pelo grupo de Transportes, que registrou alta de 0,77%, contribuindo com 0,16 ponto percentual no índice geral.
A principal contribuição para essa variação nos Transportes foi atribuída ao aumento de 9,02% nas passagens aéreas, exercendo o maior impacto individual no mês, com 0,09 ponto percentual. Em 2023, esse subitem acumulou uma significativa alta de 48,11%. O IPCA-15 no ano de 2023 encerrou com um resultado de 4,72%, enquanto o IPCA-E, representando o acumulado trimestral do IPCA-15, atingiu 0,94% para o período de outubro a dezembro.
No segmento de combustíveis, houve uma queda de 0,27%, influenciada principalmente pela redução nos preços do óleo diesel (-0,75%), etanol (-0,35%) e gasolina (-0,24%), enquanto o gás veicular registrou um aumento de 0,08%.
Outros subitens do grupo de Transportes, com o táxi, apresentaram uma alta de 0,83%, impulsionado pelo reajuste de 6,67% em São Paulo a partir de 28 de outubro. O ônibus urbano teve uma variação de 1,91%, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador a partir de 13 de novembro. Além disso, o conjunto de transporte público em São Paulo registrou uma alta de 6,67%, revertendo a queda de 6,25% em novembro, devido à gratuidade nos transportes metropolitanos durante os dias de provas do ENEM.
Em contrapartida, o segmento de Alimentação e Bebidas apresentou uma alta de 0,54%, com impacto de 0,12 ponto percentual. A alimentação no domicílio subiu 0,55% em dezembro, impulsionada pela elevação nos preços de itens básicos como cebola (10,63%), batata-inglesa (10,32%), arroz (5,46%) e carnes (0,65%). Por outro lado, o tomate (-7,95%) e o leite longa vida (-1,91%) registraram redução nos preços.
Variações nos Setores de Habitação
O grupo de Habitação registrou uma variação de 0,48%, com um impacto de 0,07 ponto percentual. A energia elétrica residencial teve um aumento de 0,82%, impulsionada por reajustes em quatro áreas de abrangência da pesquisa. Além disso, a taxa de água e esgoto subiu 1,43%, influenciada por reajustes tarifários em diversas localidades.
Outros grupos apresentaram os seguintes resultados:
Despesas Pessoais com variação de 0,56% e impacto de 0,06 ponto percentual; Saúde e Cuidados Pessoais com variação de 0,14% e impacto de 0,02 ponto percentual; Educação com variação de 0,05% e impacto de 0,00 ponto percentual; Vestuário com variação de 0,03% e impacto de 0,00 ponto percentual; Comunicação com variação de -0,46% e impacto de -0,02 ponto percentual; e Artigos de Residência com variação de -0,15% e impacto de -0,01 ponto percentual.
Índice por região
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | |||
Outubro | Novembro | Dezembro | Trimestre | 12 meses | ||
Fortaleza | 3,88 | -0,28 | 0,24 | 0,77 | 0,73 | 4,92 |
Goiânia | 4,96 | 0,63 | 0,15 | 0,77 | 1,56 | 4,02 |
Brasília | 4,84 | 0,30 | 0,61 | 0,68 | 1,60 | 5,57 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,26 | 0,56 | 0,59 | 1,42 | 4,00 |
Salvador | 7,19 | 0,40 | -0,12 | 0,45 | 0,73 | 4,24 |
São Paulo | 33,45 | 0,21 | 0,47 | 0,45 | 1,13 | 5,06 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,21 | 0,46 | 0,35 | 1,02 | 5,01 |
Belém | 4,46 | -0,07 | 0,25 | 0,29 | 0,47 | 5,03 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,27 | 0,22 | 0,29 | 0,78 | 4,80 |
Curitiba | 8,09 | 0,20 | 0,06 | -0,01 | 0,25 | 4,59 |
Recife | 4,71 | -0,06 | -0,04 | -0,26 | -0,36 | 3,53 |
Brasil | 100,00 | 0,21 | 0,33 | 0,40 | 0,94 | 4,72 |