Economia

Câmbio: fluxo estrangeiro e commodities seguem derrubando dólar

“O fluxo vai continuar intenso enquanto os juros nos Estados Unidos não subirem e a Selic (taxa básica de juros) seguir alta”, pontua economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

O dólar segue em sólida queda, firmando direção. O forte fluxo estrangeiro, assim como a alta das commodities, continuam a fortalecer a moeda brasileira, que busca quebrar a barreira dos R$ 5,00.

De acordo com o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, “o fluxo vai continuar intenso enquanto os juros nos Estados Unidos não subirem e a Selic (taxa básica de juros) seguir alta”.

Rosa acredita que o ambiente nesta quarta é mais propenso ao risco: “A expectativa é que o (presidente da Rússia, Vladimir) Putin não force uma guerra, ao menos por enquanto. As sanções impostas pelos Estados Unidos também foram brandas”, avalia.

Mesmo sem saber até onde o real pode chegar, Rosa é enfático: “Pelos fundamentos técnicos, o real valeria algo em torno de R$ 4,50, mas existe um processo de desconfiança com a política fiscal, além de ser um ano eleitoral”, contextualiza.

Para a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, “os investidores globais parecem focados em países com juros mais elevados e atrelados às commodities, como o Brasil. Isso aumenta a moeda de oferta estrangeira e traz o câmbio para baixo”.

“A expectativa que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode diminuir a alta de juros nos Estados Unidos em função das incertezas geopolíticas no leste europeu, o que pode ter impacto desinflacionário nos Estados Unidos”, avalia Consorte, que considera este movimento benéfico para o real.

Há pouco, o dólar comercial caía 0,87%, cotado a R$ 5,0070 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2022 recuava 1,02%, cotado a R$ 5.011,00.

Fonte: Agência Safras