Com a colheita da safra de arroz 2021/22 encerrada, a atenção dos produtores catarinenses agora se volta para o desafio de seguir na atividade diante de preços baixos e custos altos. Conforme o Boletim Agropecuário, produzido pela Epagri/Cepa, esse cenário causa preocupação quanto à manutenção da atividade em algumas propriedades.
O temor é justificado primeiramente pelos preços do arroz, que fecharam abril em queda e devem seguir em baixa no segundo semestre. O preço médio em Santa Catarina caiu 3,79% no mês passado, fechando em R$ 67,47/sc de 50 kg. Esse movimento era esperado pelo aumento da oferta interna em decorrência da colheita.
“No entanto, cabe ressaltar que a configuração atual do mercado, com arrefecimento das exportações e possibilidade de estoques elevados, indica, para o segundo semestre de 2022, que os preços devem comportar-se de maneira similar à observada em 2021, ou seja, preços baixos no período de entressafra”, informa o documento.
A situação é agravada pelo aumento dos custos de produção, especialmente pelos preços dos insumos, que subiram “significativamente”.
Safra
Em Santa Catarina, restam apenas áreas de rebrote a serem colhidas, especialmente na região norte do estado. “De maneira geral, as lavouras apresentaram desenvolvimento dentro da normalidade, com boa sanidade e nenhum relato de problemas severos de pragas e/ou doenças”, avalia o Boletim.
A área plantada apresenta estabilidade, com cerca de 148 mil hectares, conforme a estimativa atual da safra. A produtividade é projetada em 8,3 toneladas por hectare, resultando em produção de 1,22 milhão de toneladas.