O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a soja contará com novos parâmetros a partir da próxima safra. A novidade é o aumento de classes de água disponível no solo, que passará de três para seis. O novo patamar foi definido com base na composição textural dos distintos solos brasileiros, considerando também as características da cultura.
“Isso dá uma representatividade muito maior dos solos brasileiros, uma maior fidelidade da real situação do produtor e tira aquela discussão entre agente financeiro e o produtor sobre qual é o tipo do solo”, explicou o pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja, durante o anúncio no Mercosoja 2022 e IX Congresso Brasileiro de Soja.
A mudança busca minimizar riscos advindos da variabilidade climática, acompanhar o desenvolvimento tecnológico no campo, além de ampliar a produção e a renda.
“A gente pretende apresentar uma ferramenta que atenda melhor às necessidades do produtor, para ele usar o Zoneamento de forma mais ampla, como uma ferramenta de subsídio e suporte para a decisão da melhor definição do sistema produtivo, da ocupação da terra e quais culturas utilizar”, afirma o pesquisador.
A tecnologia é fruto de uma parceria entre Embrapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Banco Central do Brasil (BCB). O Zarc será apresentado a partir do mês de junho.
Confira também
Com informações da Embrapa Soja