O vazio sanitário da soja no Paraná inicia na próxima sexta-feira (10) e segue até 10 de setembro. Nesse período de 90 dias fica proibido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja no campo. O objetivo é limitar a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e, consequentemente, reduzir a incidência e atrasar a ocorrência da doença na próxima safra.
Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Renato Rezende Young Blood, é importante que todos os agricultores adotem esse cuidado em suas propriedades. “A prática do vazio sanitário da soja beneficia o agricultor, que terá essa doença cada vez mais tarde e, dessa forma, necessitará menos aplicações de fungicidas, além de auxiliar na manutenção da eficácia desses produtos para o controle da ferrugem”, disse.
Todos os locais que possam conter plantas vivas de soja devem ser monitorados para que a medida seja efetiva. “Assim, além das lavouras em pousio, os cultivos de inverno, como trigo, aveia e cevada, também devem estar sob vigilância, para o efetivo controle de qualquer planta de soja que possa aparecer”, reforçou. “As áreas em beiras de rodovias e estradas de acesso às propriedades devem ser inspecionadas e, se constatadas plantas voluntárias de soja, deve-se proceder a eliminação.”
A Portaria n.º 516/2022, de 01/02/2022, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estabeleceu o período do vazio sanitário para a cultura da soja em nível nacional para o ano de 2022. A Adapar é a responsável pela fiscalização no território paranaense e aplicação das penalidades previstas em legislação para os produtores que não fizerem a erradicação das plantas vivas de soja.
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakospora pachyrhizi. Devido à severidade do ataque, disseminação, custos de controle e o potencial de redução de produtividade da lavoura, é considerada a principal doença da soja.
Fonte: Seab