O ciclo da soja no Rio Grande do Sul foi apressado pela estiagem. Desta forma, 1% das áreas já foram colhidas, conforme o Informativo Conjuntural, produzido e publicado nesta quinta-feira (24) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr). Na última semana, o relatório já indicava a colheita de cultivares mais precoces, mas em “áreas muito pequenas, sem relevância estatística”.
Além disso, 10% da área está em maturação, 55% em enchimento de grãos, 28% em floração e 6% em germinação e desenvolvimento vegetativo. Na última semana as perdas se intensificaram em regiões onde não ocorreram precipitações. “Lavouras em estágios reprodutivos são as mais críticas no momento, representando 83% do total implantado”, informa o documento.
Perdas irreversíveis
A regional de Passo Fundo já estima perdas de 50% pela estiagem. Na região, 25% da cultura está na fase de floração e 75% em enchimento de grãos.
Confira também: Com perdas de produtividade, colheita do arroz no RS chega a 8%
O cenário da soja na regional de Frederico Westphalen é descrito como preocupante, com perdas
irreversíveis. A colheita chega a 3% na região, o que confirma a “quebra drástica da produção e
a má formação de grãos”, conforme o documento. Além disso, 25% da área está em maturação e 47% em enchimento de grãos. Como agravante, são relatados “problemas sérios de focos de doenças e ataque de pragas, consequência também da estiagem e das condições climáticas desfavoráveis ao uso de defensivos agrícolas, fazendo com que as perdas na qualidade e a frustração de safra seja ainda maior”, descreve o Informativo.