A persistência da estiagem e do calor no Rio Grande do Sul intensificou as perdas nas principais culturas de verão. Novo levantamento indica que a queda de produtividade média chega a 56% no milho, enquanto a estimativa era de 53% na primeira quinzena de janeiro. Os prejuízos avançaram ainda mais na soja, cuja estimativa passou de 16% para 43% no levantamento atual. A pesquisa foi realizada pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) e divulgada nesta semana.
“Danos irreversíveis já haviam sido reportados para a cultura do milho, tanto aquele destinado à produção de grãos quanto à produção de silagem. Agora, a estiagem também acomete de forma significativa a soja”, aponta a RTC/CCGL. A expectativa atual é de uma produtividade média de 1998 kg/ha na soja, mas em regiões mais afetadas, a quebra pode chegar a 70%.
Em termos financeiros, a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul calcula uma perda de R$ 28,38 bilhões apenas na soja. “É mais uma grande quebra de produção no Rio Grande do Sul. Então havia uma previsão de vinte e dois milhões de toneladas na soja e uma quebra de 43% é um impacto muito forte”, destaca o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires.
O levantamento foi realizado em 21 cooperativas do sistema agropecuário do Rio Grande do Sul, associadas à FecoAgro/RS e que fazem parte da RTC/CCGL.
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