A principal responsável pela redução na produção de grãos no Paraná é a cultura da soja, cuja quebra é projetada em 45% na safra 21/22. Espera-se que o Estado produza 11,63 milhões de toneladas, quase 10 milhões a menos do que se estimava inicialmente. As informações são do relatório mensal da safra, divulgado nesta quinta-feira (24), pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
As adversidades climáticas afetaram de forma significativa a produção da primeira safra de soja, que será de aproximadamente 11,63 milhões de toneladas. Se a estimativa se confirmar, a redução será de 44,8% comparativamente ao volume estimado no início da safra, de 21,06 milhões de toneladas. “É a menor produção dos últimos 10 anos”, diz o economista do Deral, Marcelo Garrido.
Todas as regiões do Estado tiveram quebra na produção. As maiores perdas se concentram nas regiões Oeste – uma das principais produtoras no Estado – com redução de 2,9 milhões de toneladas; Norte, com quase 1,8 milhão de toneladas a menos; e Centro-Oeste, com quase 1,5 milhão de toneladas a menos.
Colheita e comercialização
Na última semana, a colheita da soja atingiu quase 30% da área de 5,64 milhões de hectares. A atividade está adiantada comparativamente ao ano passado, quando o índice era de 8%, devido ao atraso no plantio naquele período.
Cerca de 19% do total previsto para a safra já foi comercializado pelos produtores, totalizando 2,2 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado, quando o Paraná tinha uma produção mais expressiva, os agricultores já tinham comercializado 45% do volume.
Na semana passada, a saca de 60 kg de soja foi comercializada, em média, por R$ 186,00, preço 22% superior ao do mesmo período do ano passado. “A instabilidade política internacional pode promover mudanças nos valores nos próximos dias”, alerta o Deral.
Safra
O Paraná deve produzir 14,74 milhões de toneladas de grãos na safra de verão 2021/22, em uma área de 6,24 milhões de hectares. O volume é 42% menor do que o esperado no início da safra. “Esses índices impactam diretamente a nossa economia, que tem expressiva participação do agronegócio”, afirma o chefe do Deral, Salatiel Turra.
Fonte: Seab