Início da Safra

Plantio da soja começa em áreas restritas no Rio Grande do Sul

Produtores estão concentrados na preparação das áreas e na dessecação da vegetação

Foto de semeadura da soja.
Plantio ocorreu principalmente em áreas experimentais ou em cultivo escalonado | Foto: Jose Schafer/Divulgação

O plantio da soja no Rio Grande do Sul está autorizado desde o início do mês, com o fim do vazio sanitário em 30 de setembro. Apesar da liberação, a semeadura está começando apenas agora e de forma bastante incipiente, restrita a poucas áreas, especialmente em lavouras de caráter experimental ou em cultivo escalonado. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Emater/RS-Ascar, o plantio ainda não tem expressão estatística.

Muitas áreas seguem ocupadas com plantas de cobertura ou com as culturas de inverno. Além disso, o estado vem registrando fortes chuvas com frequência e os sojicultores aguardam níveis de umidade do solo adequados. “Os produtores estão concentrados na preparação das áreas e na dessecação da vegetação para garantir o adequado estabelecimento das lavouras”, explica o relatório. Em algumas áreas, esses trabalhos de preparo também estão suspensos pela dificuldade de acesso do maquinário às áreas com muita umidade.

A área da soja nesta safra deve alcançar 6,8 milhões de hectares, aumento de 1,54% em relação à safra anterior. A produtividade média projetada é de 3,1 mil kg/ha e a produção está estimada em 21,6 milhões de toneladas. “Esse crescimento ocorre mesmo diante de alguns fatores desestimulantes, como o endividamento de parte dos produtores, as dificuldades na contratação de custeio e a elevação do custo dos seguros, decorrentes da recorrência de frustrações nos anos anteriores”, pondera a Emater/RS-Ascar.

Milho

A semeadura do milho já está bem mais avançada, chegando a 64% dos 748,5 mil hectares estimados para a safra 2024/2025.

O plantio está mais avançado na Metade Norte e na Fronteira Oeste do Estado. Nas regiões Centro e Sul, o ritmo de semeadura está mais lento. Segundo a Emater/RS-Ascar, o excesso de umidade do solo dificulta as operações com máquinas agrícolas, tanto pela falta de piso quanto pelo risco de compactação do solo.

“As condições climáticas durante o ciclo da cultura têm sido favoráveis ao desenvolvimento das plantas, principalmente pela manutenção da umidade do solo em níveis adequados e pela alta disponibilidade de radiação solar”, afirma o relatório. A produtividade estadual pode chegar a 7,1 mil kg/ha.

Com informações de Emater/RS-Ascar