Desafios da Soja

Colheita da soja avança pouco e chuva causa danos no Rio Grande do Sul

A colheita da soja avançou apenas seis pontos percentuais na última semana no Rio Grande do Sul. O total de áreas colhidas chegou a 74%, conforme o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (05) pela Emater/RS-Ascar. Neste mesmo período do ano passado, o número chegava a 90%, enquanto a média nos últimos anos é de 94%. A expectativa de produtividade se mantém em 1.500 kg/ha.

Além disso, 22% das lavouras estão em maturação, sendo que algumas já superam o momento ideal de corte. O pequeno avanço na última semana foi causado pelas chuvas frequentes e em alto volume. Isso também ocasionou a colheita em condições fora da normalidade em pequenos momentos ensolarados.

O volume de chuva passou de 300 mm em alguns municípios do estado. “Nas localidades onde os volumes foram intensos, houve, até mesmo, danos nas lavouras, causados pelo escorrimento superficial de águas, pelo carreamento de solo e fertilizantes e pela formação de voçorocas”, relata a Emater. Ainda assim, não há relatos de perdas por apodrecimento ou germinação dos grãos. “Os danos foram concentrados nas áreas de várzeas e em áreas próximas de cursos d´água na metade sul do Estado, onde houve forte acamamento de plantas e o alagamento por período prolongado”, informa o documento. A ocorrência de novas precipitações traz preocupação, já que pode acarretar em perdas por avarias nos grãos em lavouras maduras. Apesar disso, a previsão para o Rio Grande do Sul é de tempo firme e seco pelos próximos dias e na maior parte do mês.

Regiões

Com menos chuvas, a colheita avançou na regional Erechim e alcançou 95% da área cultivada. A expectativa de produtividade da região permanece em 2.082 Kg/ha.

A colheita também avançou, inclusive em ritmo acelerado, na região Frederico Westphalen. Agora restam colher apenas lavouras em sucessão ao milho. A estimativa de quebra na produtividade segue em 61%, com expectativa de 1.372 kg/ha.

Em Santa Rosa, foi necessário realizar a colheita nos momentos de trégua da chuva para evitar perdas pela deiscência das vagens após o uso de herbicidas, aplicados para padronizar a maturação. “O produto colhido apresentou elevada umidade, e parte está com grãos defeituosos, imputando elevados percentuais de descontos no beneficiamento”, afirma o Informativo.

Os grãos das lavouras semeadas mais tardiamente apresentam maior qualidade e devem ser destinados para produção de sementes no próximo ciclo produtivo. A média de produtividade na região é de 526 kg/ha, representando uma redução de 84% na estimativa inicial.

Com informações da Emater/RS-Ascar