O plantio do trigo está tecnicamente encerrado no Rio Grande do Sul, de acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (01) pela Emater/RS-Ascar. A semeadura avançou 5 pontos percentuais na última semana e chegou a 99% da área total estimada para a cultura no estado, de 1,3 milhão de hectares. Agora restam apenas pequenas áreas remanescentes para a finalização.
O processo demorou mais no estado devido à ocorrência frequente de chuvas volumosas nos últimos meses, além de fatores como indisponibilidade de sementes e problemas causados pelas chuvas nos solos.
Nessa última semana houve predominância de dias ensolarados e temperaturas amenas. “De maneira geral, as lavouras estão apresentando desenvolvimento adequado, o que pode ser atribuído principalmente ao aumento da insolação nas duas últimas semanas”, avalia a Emater/RS-Ascar.
Apesar de ocorrências esporádicas de manchas foliares e ferrugem da folha, a sanidade das lavouras é considerada satisfatória. No caso do oídio, o clima mais seco tem contribuído para a ausência de doença.
Regiões
Após o excesso de chuvas, na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, o problema agora é o baixo volume de chuvas registrado durante o mês de julho. O Informativo Conjuntural mostra que as lavouras expõem bom estande, mas o perfilhamento está pouco expressivo. “Além disso, as plantas apresentam baixo porte devido à ausência de chuvas em julho, o que prejudica o seu desenvolvimento e o manejo da adubação nitrogenada. Os produtores que aplicaram ureia sofreram grandes perdas do fertilizante por volatilização em função da falta de umidade do solo”, explica a Emater/RS-Ascar. Já na região São Borja, as lavouras estão se desenvolvendo de forma satisfatória, apesar das precipitações pouco expressivas.
Na região de Frederico Westphalen, há uma pressão significativa de plantas daninhas, especialmente azevém, de difícil controle. “Essa dificuldade está fortemente relacionada à presença de plantas remanescentes da dessecação com alta taxa de rebrota, prejudicando expressivamente o controle pós-emergência da cultura”, explica o documento. As condições climáticas, com chuvas, favoreceram a aplicação de adubação nitrogenada nas áreas semeadas mais tardiamente. Além disso, o manejo preventivo de doenças tem sido realizado de forma intensiva na região.
O clima também colaborou para as lavouras na região de Ijuí. A luminosidade, os dias secos e adubações nitrogenadas proporcionaram melhor desenvolvimento da cultura. Com isso, as plantas apresentaram coloração verde mais intensa, reduzindo a desuniformidade das lavouras.