A estimativa da safra de trigo do Rio Grande do Sul foi reajustada positivamente nesta quinta-feira (07). A produção, que estava estimada em mais de 4 milhões de toneladas, passou para 4,12 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 57,22% em relação à safra passada, que resultou em apenas 2,6 milhões de toneladas. O levantamento foi realizado pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar em 364 municípios na segunda quinzena de outubro.
A produtividade também passou por um leve reajuste, passando de uma projeção de 3,1 mil kg/ha para 3,11 mil kg/ha, crescimento de 78,96% sobre a safra de 2023. A área estimada também aumentou pouco em relação à estimativa do início da safra, que era de 1,31 milhão de hectares, passando para 1,32 milhão de ha, redução de 12,20% quando comparado ao ano passado.
De acordo com a Emater/RS-Ascar a nova estimativa reflete a área efetivamente plantada e a análise técnica no momento do levantamento, realizado na segunda quinzena de outubro. Até o final da safra, podem ocorrer revisões.
Qualidade
Apesar da produtividade e produção próximas ao que já era esperado na média estadual, a qualidade do trigo está decepcionando, o que afeta a comercialização do cereal. “Diante da frustração acerca da qualidade do produto colhido, parte dos produtores tem encaminhado solicitações de perícia para avaliação da produção, pois não conseguem cumprir as obrigações financeiras com as instituições bancárias”, afirma o Informativo Conjuntural, também divulgado nesta quinta-feira (07).
Demais culturas
A expectativa é de que a produtividade da aveia branca aumente 52,80% neste ano, chegando a 3,4 mil kg/ha, levando a uma produção de 878,1 mil toneladas. Ao contrário da expectativa inicial de estabilidade na área, foi registrada uma pequena redução de 2,74%, totalizando 355 mil ha.
Já a canola deve ter um crescimento de área e produção ainda maior do que o esperado. No início da safra, a área foi estimada em quase 135 mil hectares, mas chegou a 151,7 mil, segundo a nova estimativa, praticamente dobrando o cultivo de 2023. A produtividade segue estimada em cerca de 1,6 mil kg/ha. Já a produção deve mais do que dobrar, aumentando 121% e chegando a 251,4 mil toneladas, bem acima das 113,8 mil estimadas inicialmente.
No caso da cevada, a área foi praticamente mantida, sendo estimada em 34,4 mil hectares. Já a projeção de produtividade aumentou de 3,2 mil para 3,4 mil kg/ha, crescimento de 75% sobre o ano passado. A produção também passou de 111,7 mil toneladas no início da safra para 118 mil toneladas, aumento de quase 50% em relação a 2023.