O trigo exerce um papel crucial no manejo de plantas daninhas. A cultura serve como cobertura da área durante o inverno e permite a rotação de princípios ativos de herbicidas, entre outros benefícios. Nesse processo, a dessecação pré-colheita é uma das etapas mais importantes para entregar uma lavoura mais limpa para a safra de verão.
Na dessecação são aplicados herbicidas que antecipam a maturação do grão, proporcionando uniformidade e controle de plantas daninhas.
O produtor e engenheiro-agrônomo Christian Baseggio, de Muitos Capões, nos campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul, realizou esse processo em metade das áreas e agora, na colheita, observa as vantagens da dessecação. “Nós estamos aqui já na etapa de colheita, após realizada a dessecação, a gente pode ver que controlou bem e teve um controle bom sobre as plantas daninhas. E também a gente está tendo uma padronização de grãos, ou seja, está melhor a fluidez da palha na máquina e também a questão de impureza, dá um melhor rendimento na colheita e também acrescenta a rentabilidade para o nosso bolso”, relata produtor e engenheiro-agrônomo Christian Baseggio, de Muitos Capões-RS.
Metade das áreas da propriedade não foram dessecadas pois havia receio de que ocorressem chuvas na sequência. “A gente nota muita planta daninha vindo por baixo da palhada onde não foi feita a dessecação e também o rendimento operacional, nas máquinas pesa mais a palha e a gente tem um rendimento menor de colheita durante o dia”, relata o produtor.
A previsão do tempo é um fator essencial no planejamento da dessecação, pois a aplicação em condições climáticas desfavoráveis pode comprometer a qualidade do grão. Além disso, é preciso observar alguns aspectos da planta para definir o momento certo da aplicação, que deve ser realizada na maturação fisiológica da cultura, quando a semente está completamente formada. A maturidade fisiológica se caracteriza pela formação completa da semente.