Na atualização recente sobre as condições oceânicas do fenômeno La Niña, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, NOAA, na sigla em inglês, indicou que o fenômeno atingiu sua maturidade.
A La Niña prosseguirá até o outono, alcançando seu término às portas do inverno de 2022. O efeitos desse fenômeno poderão ser vistos ao longo do outono e uma das principais expectativas é o frio precoce.
Modelos meteorológicos de longo prazo indicam que o frio do outono deve chegar mais cedo; com temperaturas abaixo da média já em abril e maior queda dos termômetros a partir de maio.
Abril
De acordo com a simulação do modelo europeu ECMWF, a previsão para abril já é de temperaturas mínimas abaixo da média no centro-sul do país, com desvios mais negativos no sul e oeste de MS, PR, SC e RS. No final de abril, por volta dos últimos 10 dias do mês, há previsão de queda acentuada da temperatura; mas, é somente nas áreas serranas do Sul que pode gear. Não há risco para geada em áreas produtoras.
Em maio, na rodada das últimas simulações do modelo americano do CFSv2/NOAA, há previsão de uma queda acentuada nas temperaturas, com possibilidade de geadas. Há previsão de uma queda nas temperaturas mínimas no começo do mês de maio, depois na virada para junho.
Ainda é uma previsão estendida, o que já merece cuidado, mas algumas coisas podem mudar por ser uma previsão de longo prazo. No entanto, há possibilidade de geadas nas áreas altas (de serra) da região Sul e, de forma pontual, na campanha gaúcha.
Nas majoritárias áreas produtoras da região Sul, a priori, não há risco para geadas, já que os modelos indicam temperaturas mínimas acima de 7°C, o que não é suficiente para formação do fenômeno.
Vale ressaltar que é apenas um risco continue acompanhando para novas atualizações.
Fonte: Climatempo