O governador Eduardo Leite participou, na tarde desta segunda-feira (10), de uma reunião com representantes de entidades relacionadas à agropecuária para tratar dos efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul. Até esta segunda-feira (10), 175 municípios estavam em situação de emergência. Destes, 52 com decretos homologados e 23 com situação reconhecida pela União.
No encontro, parlamentares e entidades representativas dos produtores rurais e dos municípios entregaram ao governador demandas do setor. As medidas sugeridas buscam amenizar os prejuízos que estão sendo causados pela estiagem e garantir o abastecimento de água para consumo humano e dos animais, conforme a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).
Governo
“Estamos nos mobilizando, entre várias secretarias, e esse fórum permanente será um espaço importante para que possamos estar atualizados. Sabemos dos efeitos da estiagem e que eles afetam vários setores a longo prazo. Vamos precisar nos encontrar para controlar as situações que estão acontecendo”, destacou o governador.
Na última semana, o governo anunciou a ampliação do programa Sementes Forrageiras e do subsídio para o programa Troca-Troca de Sementes de Milho da safra 2021/2022 aos produtores de municípios que decretaram situação de emergência. Além disso, o governo se comprometeu a priorizar da liberação dos recursos para projetos ligados à irrigação no programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, cujo aporte total será de R$ 275,9 milhões.
“Estamos vendo uma perda muito grande na produção de leite, aves, suinocultura, na cultura de milho, da soja, da safrinha de feijão. Nosso produtor está sofrendo muito com a estiagem, estamos perdendo nossa produção agrícola, e isso também atinge nossos animais e nossa economia, mas as ações do Estado estão sendo rápidas”, argumentou a secretária Silvana.
Setor
“Para um começo de negociações, a reunião com o governador foi boa, mas só os anúncios não bastam para amenizar os prejuízos registrados até agora e os que poderão afetar os agricultores. É fundamental que o Estado, a União e os municípios estendam a mão para a agricultura familiar, que sustenta a economia brasileira”, disse Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS.
Ele também destacou a criação de um fórum permanente. “O governador entendeu nossa pauta e se comprometeu também a criar um fórum permanente para debater questões ligadas a estiagem, pois não podemos mais ficar esperando períodos como esse para correr em busca de soluções”.
Reunião
O encontro ocorreu na Casa Civil, no Palácio Piratini, e contou com a presença de deputados estaduais e os secretários Artur Lemos Júnior (Casa Civil), Silvana Covatti (Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural), Claudio Gastal (Governança, Planejamento e Gestão), José Stédile (Obras e Habitação) e coronel Júlio César Rocha (Casa Militar).
Participaram representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), da Cooperativa Central dos Assentamentos do RS (Coceargs) e da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).