O El Niño está chegando ao fim e se aproxima da condição neutra, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O fenômeno é caracterizado aumento das chuvas no Centro-Sul do país.
A condição de neutralidade deve seguir até meados de junho, dando lugar ao fenômeno La Niña, conhecido pela escassez de chuvas na Região Sul, parte do Centro-Oeste e Sudeste do país.
El Niño
O El Niño ocorre com o aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico. Desde o início de abril, foi registrado um resfriamento substancial das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs) que chegaram, nos últimos cinco dias, a valores próximos a 0,5ºC (graus Celsius) acima da média, na área de referência para definição do evento.
De acordo com o Inmet, esse valor de temperatura é considerado o limite para o início da fase neutra do oceano. Antes disso, as TSMs já vinham em constante esfriamento no Pacífico Equatorial.
Transição para o La Niña
As temperaturas já estão mais frias que o normal em algumas áreas do Pacífico Equatorial, como a costa oeste da América do Sul.
A persistência e a expansão destas áreas mais frias em direção a parte central do oceano, são condições favoráveis para formação do fenômeno La Niña, previsto para o segundo semestre do ano, conforme o Inmet.
O La Niña consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. A probabilidade é de que no trimestre junho, julho e agosto, ou seja, meados do inverno, o Brasil já esteja sob os efeitos do fenômeno.
Ainda não se pode afirmar a intensidade do La Niña, mas geralmente os impactos causados pelo fenômeno são: chuva acima da média nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Já na Região Sul e parte do Centro-Oeste e Sudeste, a chuva ocorre de forma irregular e aumentam os riscos de seca ou estiagem, principalmente durante a primavera e o verão.
Fonte: Inmet